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PS à frente com mais de 33%. PSD tem pior resultado de sempre, PAN elege primeiro deputado e Bloco supera CDU
O Negócios está a acompanhar o essencial da jornada eleitoral que vai definir os representantes de Portugal no Parlamento Europeu. Siga os principais acontecimentos e reações.
- Negócios segue europeias a par e passo
- Se ainda não votou saiba o que mudou na forma de votar
- Socialistas venceram quatro europeias. PSD ganhou as restantes três
- Um Parlamento Europeu mais fragmentado
- Primeiros líderes a ir às urnas pedem voto antes de ir à praia
- Marisa Matias e Catarina Martins já votaram
- António Costa assinala momento "em que somos todos iguais no exercício do poder"
- Pedro Marques : "abstenção é o maior adversário dos europeístas"
- Rui Rio deixa críticas à campanha eleitoral
- Ana Sofia Antunes vota com recurso a matriz em braille
- Marcelo sobre abstenção."Tendência é negativa e isso é preocupante para todos"
- Mais 67.000 votantes face a 2014, apesar de menor percentagem de afluência
- Afluência às urnas de 23,37% até às 16:00
- Bélgica: Sondagens à saída das urnas dão subida à extrema-direita e ecologistas
- Verdes em grande na Alemanha e extrema-direita com subida contida
- Espanha com mais 15 pontos de afluência do que em 2014 por efeito de arrasto
- Nova Democracia reocupa posição de maior partido grego
- Menos 36.262 votos em Portugal até às 16:00 face a 2014
- Portugal com uma das piores taxas de participação
- Carolina Costa foi “educada para votar” e fê-lo hoje pela primeira vez
- Católica: Abstenção entre 65% e 70%
- Absteção entre 66,5% e 70,5%, de acordo com projeção para a SIC
- Le Pen terá ganho em França
- Farage ganha no Reino Unido
- PSOE ganha em Espanha e Vox fica abaixo das expectativas
- Projeções para a SIC dão vitória ao PS e igualam CDS e PAN
- Projeção da Católica para a RTP dá vitória ao PS
- PPE continua como primeira força e mantém distância para Socialistas
- Participação na UE é a maior em 20 anos
- PSD pode perder um deputado, PAN elege o primeiro e Bloco supera CDU
- Rui Rio entrou pela garagem e só fala depois de conhecidos resultados
- Leitura rápida às projeções
- Projeções de resultados recebidas em silêncio na sede do CDS
- Le Pen pede dissolução da Assembleia Nacional em França
- PAN diz que portugueses se identificam cada vez mais com partidos alternativos
- CDU considera resultado "expressivo" e desvaloriza perda de um mandato
- PS fala em vitória socialista e "clara derrota da direita"
- BE destaca que projeções confirmam o partido "como terceira força política nacional"
- PAN diz que portugueses se identificam cada vez mais com partidos alternativos
- Verdes europeus falam em "grande confiança política"
- PSD reconhece que há "tendência" de vitória do PS
- João Ferreira justifica pior resultado com "campanhas difamatórias"
- Liberais reclamam papel crucial após fim da hegemonia de PPE e S&D
- PSD pode ter o pior resultado de sempre em Europeias
- PPE e S&D perdem maioria
- Acompanhe os resultados das eleições em tempo real
- Carlos César: "Grande vitória do PS" e "grande derrota da direita em Portugal"
- Marisa Matias: "Bloco consolida-se como a terceira força"
- Louçã: BE tem uma "grande vitória" se eleger dois eurodeputados
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- PS ganha eleições com 33,38% e PSD fica abaixo dos 22%
As urnas abriram às 8:00 deste domingo e permanecem abertas até às 19:00 (é preciso ter em conta que nos Açores é menos uma hora).
Portugal volta a eleger 21 eurodeputados. Em 2014, o PS elegeu oito, a coligação entre PSD e CDS sete, a CDU três, o MPT dois e o Bloco de Esquerda apenas um.
O Negócios vai seguir ao minuto tudo o que de importante acontecer ao longo da jornada eleitoral.
Saiba o que muda na forma de votar nas eleições europeias
O crescimento de forças nacionalistas, eurocéticas ou mesmo anti-União Europeia, em particular de extrema-direita, vai complicar as contas mas não será suficiente para retirar a maioria aos partidos centristas, sejam de centro-esquerda, centro-direita ou liberais. Subida do ALDE contrabalança queda do PPE e do S&D e subida das forças de extrema-direita.
Partidos tradicionais recuam mas continuam a dominar a Europa
André Silva do PAN também já foi às urnas, nos Olivais. "O dia está bom e eu próprio vou à praia, mas á possível dispensar 15 minutos antes de irmos fazer o nosso dia". André Silva disse esperar uma abstenção mais reduzida e apelou à participação cívica dos eleitores.
Apelos que vão de encontro à mensagem deixada no sábado à noite pelo Presidente da República, que pediu para que os portugueses não deixem "nas mãos de 20% ou 25% a decisão que é de todos".
A cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda às eleições europeias votou em Coimbra antes ainda das 10h da manhã. "É tempo de as pessoas virem e tomarem esse futuro nas suas mãos, porque a democracia fica sempre incompleta de cada vez que as pessoas deixam que outros decidam por elas", disse Marisa Matias. "O futuro será melhor se as pessoas participarem".
Já a líder do Bloco, Catarina Martins, votou em Vila Nova de Gaia, na Escola Secundária Almeida Garret. "Nos próximos anos vão tomar-se na União Europeia decisões muito importantes. As decisões serão tanto melhores quanto mais pessoas forem votar e escolherem o que querem para a nossa vida coletiva", disse à saída da secção de voto.
Catarina Martins salientou ainda como é fácil votar e salientou que desta vez há até boletins de voto em braille.
O primeiro-ministro António Costa votou esta manhã numa escola básica de Benfica, onde chegou a pé acompanhado pela mulher. O líder do PS lembrou "o único momento em que somos todos iguais no exercício do poder e dos seus direitos. Portugal é há muitos anos membro da EU e tem a ambição de participar na sua construção".
"Muitas coisas da nossa vida são decididas na União Europeia", lembrou António Costa, dizendo que é nestas eleições que e elegem os representantes de Portugal".
António Costa lembrou o recenseamento automático de portugueses não residentes, que levou o número de eleitores a passar de 300 mil para 1,45 milhões. Os dados da abstenção terão de ser lidos em função deste incremento.
"Somos parte da Europa, temos o direito e o dever de dizer há Europa o que queremos", concluiu.
Paulo Rangel apelou ao voto num dia em que a afluência às urnas parece ser, para já reduzida, a julgar pelas imagens de televisão que chegam dos momentos de votação dos líderes e cabeças de lista.
O cabeça de lista do PSD, que votou no Porto, afirmou que "estas eleições são decisivas para o quotidiano dos portugueses e das portuguesas. É importante que não deixem decisão para outros e vão votar. Se posso deixar um apelo esta manhã é que votem". Paulo Rangel deixou eco de queixas que recebeu sobre a falta de condições de acessibilidade às secções de voto.
O cabeça de lista do PS, Pedro Marques, lembrou que "a abstenção é o maior adversário dos europeístas". "O principal apelo é que votem, votem pela Europa, votem pela nossa democracia". Pedro Marques mostrou ainda preocupação com a abstenção entre os jovens e apelou ao seu voto.
João Ferreira, cabeça de lista do PCP às Europeias, votou esta manhã na escola básica e secundária do Lumiar. "Este é um momento fundamental para cada um dizer de sua justiça e participação na vida coletiva. Está um dia bonito, bom para fazer muitas coisas, mas é possível vir votar primeiro".
Nuno Melo votou em Famalicão e lembrou que "é o projeto europeu que está em causa", lembrando a importância que tem para Portugal, não só através do acesso a fundos europeus como a um mercado de muitos milhões de consumidores. "A redução da taxa de abstenção seria um sinal para a Europa", rematou.
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, os portugueses estão distantes da Europa e "corremos o risco de esse distanciamento se materializar". Após execer o direito de voto, apelou à participação e lembrou a oportunidade para a "defesa dos interesses de Portugal no quadro da União Europeia".
Rui Rio deixou críticas à forma como são feitas as campanhas eleitorais, que não ajudam a diminuir a abstenção. Palavras deixadas após ter votado esta manhã no Porto.
Para o líder do PSD "a mensagem não passou como devia passar. Como se faz? Nem eu nem os demais protagonistas têm a formula mágica para convencer as pessoas que o Parlamento Europeu é importante".
O que contribui para uma abstenção elevada, sobretudo entre os jovens. "As campanhas têm de ser mais criativas e credíveis", afirmou.
Rui Rio lembrou ainda que "só votamos para o Parlamento Europeu, não para as outras instituições da União Europeia". E assinalou que "a Europa está a atravessar uma crise", visível no Brexit, mas que tem também a ver com a falência dos partidos tradicionais. "É preciso um rejuvenescimento", apelou.
O presidente dos sociais-democratas lembrou que "a Europa está na nossa casa todos os dias", seja de forma positiva (deu o exemplo dos fundos comunitários) ou por razões menos boas (resolução do BES e do Banif).
Rui Rio apelou ao voto e assinalou que se os níveis de abstenção forem idênticos aos de 2014 ou mais elevados isso será "uma derrota para o país e a Europa".
"O resultado que for está sempre bem, o que o povo quiser é o que está certo. Eu estou na política por serviço".
"Foi uma estreia absoluta para mim, e é um sentimento muito bom poder votar pela primeira vez de forma autónoma ali sozinha na urna e saber que o posso fazer em segurança", afirmou a secretária de Estado.
"As pessoas que não veem e por alguma razão foram ganhando esta resistência a vir votar, aproveitem esta oportunidade e venham exercer a sua cidadina", apelou.
Ana Sofia Antunes assinalou que este sistema permite votar em total segurança e liberdade, sem necessiade de um acompanhante. "O boletim de voto que vão preencher é igual aos outros. O que está em braille é apenas uma matriz". A matriz é depois retirada, pelo que na urna o boletim de voto é igual aos outros e não pode ser identificado.
Os primeiros números sobre a abstenção não são animadores. Até às 12:00 tinham votado 11,6% dos eleitores, menos do que os 12,1% que se registavam à mesma hora no escrutínio de 2014.
O Presidente da República já comentou os primeiros dados: "A tendência até agora é muito negativa e isso é muito preocupante para todos nós". "É um péssimo sintoma para todos, para a democracia, para o pluralismo", salientando que as escolhas possíveis são muitas.
"Eu acho que os cidadãos têm de perceber uma coisa: se não forem votar perdem autoridade para depois criticarem os partidos. Os portugueses têm de por a mão na consciência", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que os portugueses organizem o seu dia para conseguirem ir votar, nem seja mais tarde. "Façam um esforçosinho", apelou.
Votaram, até ao meio-dia de hoje, quase mais 67.000 eleitores face às eleições para o Parlamento Europeu de 2014, apesar de a percentagem de afluência às urnas deste ano ser inferior às últimas eleições europeias, segundo a agência Lusa.
As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem desde as 08:00 em Portugal, registaram uma afluência às urnas de 11,56% até às 12:00, enquanto há cinco anos, à mesma hora, a percentagem se cifrava em 12,14%.
Os eleitores com capacidade eleitoral ativa este ano são no total 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481.
À percentagem de afluência às urnas de 11,56%, até às 12:00 de hoje, correspondem 1.243.989 votantes face aos 12,14% de 2014, os quais representam um número real de 1.177.152 votos, uma diferença de 66.837 votantes.
Recorde-se que para esta eleição foi registado um acréscimo de quase 1,2 milhões de eleitores inscritos no estrangeiro (para um total superior a 1,4 milhões). Dado que o enorme alargamento da base eleitoral não está a ser correspondido por idêntico reforço da participação, é natural que se verifica um relevante acentuar de abstenismo.
Num trabalho publicado na quarta-feira, o Negócios antecipava que a taxa de abstenção poderia facilmente escalar para mais de 70% devido ao aumento no número de inscritos.
As eleições para o Parlamento Europeu registaram uma afluência às urnas de 23,37% em Portugal até às 16:00, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, citados pela agência Lusa.
A percentagem de afluência deste ano é inferior à das últimas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em maio de 2014, que, à mesma hora, se cifrava em 26,31%.
Quanto aos eleitores comunitários não nacionais, à mesma hora, a afluência este ano foi de 20,95% face aos 15,82% registados em 2014.
As sondagens após a votação de hoje na Bélgica apontam para uma subida da extrema-direita flamenga (Vlams Belang) na Flandres, e dos ecologistas, tanto flamengos (Groen) como francófonos (Ecolo) e todo o país, refere a Lusa.
As assembleias de voto encerraram às 14:00 locais (13:00 em Lisboa) e, além das europeias, os belgas votaram ainda para legislativas e regionais.
As projeções da votação apontam, na Flandres, para a manutenção dos nacionalistas flamengos do N-VA como o partido mais votado, embora registe uma perda de votos em relação às anteriores eleições, aparentemente a favor da extrema-direita (Vlaams Belang).
Os verdes do Groen registam um aumento assinalável.
Na região de Bruxelas, o Partido Socialista francófono (PS) deverá ser o mais votado, segundo uma sondagem realizada pela Universidade Livre de Bruxelas para a emissora de rádio e televisão RTL, alcançando cerca de 20,5%, à frente dos liberais francófonos (MR), com 18%; seguem-se Ecolo (18%), Défi (13%) e os democrata-cristãos francófonos (CDH, 10,5%).
Na Valónia, os socialistas deverão obter 27%, seguidos pelos liberais do MR (18%), Ecolo (13,5%), CDH (12,5%), pela formação de esquerda radical PTB (11%) e Défi (5%).
Apesar da provável vitória, o partido da chanceler Angela Merkel cai mais de sete pontos percentuais. No entanto, a principal nota negativa vai para o partido júnior da coligação de governo: o SPD cai quase 12 pontos para 15,5%.
Destaque ainda para a o crescimento contido da extrema-direita, com a AfD a ficar-se por 10,5%.
Exit Poll (ARD) for #Germany:#CDU+#CSU 28% #Grüne 22% #SPD 15.5% #AfD 10.5% #FDP 5.5% #LINKE 5.5% #EP2019 pic.twitter.com/4JmmHux2Y6
— POLITICO Poll of Polls (@pollofpolls_EU) 26 de maio de 2019
A afluência às urnas nas eleições europeias em Espanha, até às 18:00 (17:00 em Lisboa), foi de 49,42%, 15 pontos percentuais acima da de 2014, explicado pelo efeito de "arrasto", por se realizarem ao mesmo tempo das municipais e regionais, sublinha a agência Lusa.
Por outro lado, e também segundo os dados fornecidos pelo Ministério espanhol do Interior (Administração Interna), a taxa de participação nas eleições municipais foi, até à mesma hora, de 50,06%, a mesma da última consulta, realizada em 2015.
A afluência às legislativas realizadas há um mês atrás, em 28 de abril último, foi 10 pontos percentuais mais elevada, 60,76%, do que a taxa à mesma hora de hoje.
Mais de 37 milhões de eleitores são chamados a eleger os 54 deputados espanhóis ao Parlamento Europeu, numa votação em que cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia vão eleger um total de 751 eurodeputados.
A projeção à boca das urnas do MARC/Alco/Metron Analysis/MRB para o número de eurodeputados eleitos, atribui entre 8 e 9 aos conservadores e entre 6 e 7 ao Syriza.
Greece, MARC/Alco/Metron Analysis/MRB seat projection:
— Europe Elects (@EuropeElects) 26 de maio de 2019
Total: 21
ND-EPP: 8-9
SYRIZA-LEFT: 6-7
KINAL-S&D: 2-3
KKE-NI: 1-2
XA-NI: 1-2
EL-ENF: 0-1
MeRa-LEFT: 0-1
Source: Alpha TV #ekloges2019 #Ep2019 pic.twitter.com/8Yt9FCVbjO
Nas europeias de hoje votaram até às 16:00 menos 36.262 pessoas do que nas eleições para o Parlamento Europeu de 2014, apesar de haver este ano mais um milhão de recenseados para eleger os eurodeputados portugueses.
As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem desde as 08:00 de hoje em Portugal, registaram uma afluência às mesas de voto de 23,37% até às 16:00, enquanto há cinco anos, à mesma hora, a percentagem se cifrava em 26,31%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna citados pela agência Lusa.
Os eleitores com capacidade eleitoral ativa são no total 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481.
Aos 23,37% de afluência às urnas correspondem 2.514.882 enquanto os 26,31% registados à mesma hora nas eleições europeias de 2014 correspondem 2.551.144.
Apesar e haver mais 1.064.675 de eleitores face a 2014, às 16:00 de hoje, havia, à mesma hora, menos 36.262 votos, comparativamente com as europeias de há cinco anos.
Quanto aos eleitores comunitários não nacionais, às 16:00, a afluência este ano foi de 20,95%, enquanto em 2014 registou-se uma afluência de 15,82%.
Só na Croácia e na Eslovénia se antecipa menor adesão dos eleitores às urnas.
A Católica projeta uma abstenção entre 65% e 70%, pelo que tudo indica que o nível de abstencionismo ultrapasse os 66,2 registados há cinco anos.
A projeção do ICS/ISCTE/GFK Metris para SIC avança com uma projeção de abstenção entre 66,5% e 70,5%.
Segundo a Eurosondagem, a taxa de abstenção ficará entre os 66% e os 69,8%. Estas percentagens não incluem os votos dos recenseados fora do território nacional.
As projeções em França apontam para 52% de participação eleitoral, quase 10 pontos acima de há cinco anos e para uma vitória da União Nacional, o partido de extrema-direita liderado por Marine Le Pen. De acordo com as primeiras projeções, a Frente Nacional perde mais de meio ponto percentual, ficando com 24,2%, quando em 2014 tinha conseguido 24,9%. O partido de Macron, a Renascença, conseguiu 22,4% e os verdes 12,7%.
Le Pen já veio defender que o presidente francês, Emmanuel Macron, deve "tirar consequêcias" deste resultado que classifica de "vitória do povo" marcando eleições presidenciais. A líder de extrema-direita já vencera as europeias de 2014, então ainda pela Frente Nacional.
Segundo o instituto Celeste-Tel, cujo resultado é citado pelo Politico, o PSOE do primeiro-ministro Pedro Sánchez obtém 28,4% dos votos e elege 14 deputados ao Parlamento Europeu, mais quatro eurodeputados do que em 2014. Já o PP fica-se por 11 eurodeputados, bem abaixo dos 16 eleitos há cinco anos.
O Cidadãos sobe para 9 eurodeputados, o Unidas Podemos cresce para 7 e o Vox (extrema-direita) elege quatro. Os 6,5% alcançados pelo Vox ficam muito abaixo das estimativas e aponta para um crescimento abaixo do esperado da extrema-direira espanhola.
Projeções do ICS/ISCTE/GFK Metris para a SIC
PS: 30,9% - 34,9% - 8 a 9 mandatos
PSD: 21,8% - 28,8% - 6 a 7 mandatos
BE: 8,5%-11,5% - 2 a 3 mandatos
CDU: 5,3%-8,3% - 1 a 2 mandatos
CDS-PP: 4,7% - 7,3% - 1 a 2 mandatos
PAN: 4,7%-7,3% - 1 a 2 mandatos
Outros, brancos e nulos: 13,1%-16,1%
A projeção da Universidade Católica para a RTP aponta para um resultado entre 30% e 34% do PS, com os socialistas a elegerem entre 8 e 9 eurodeputados. O PSD não vai além dos 20%-24%, com 5 a 6 mandatos.
O Bloco de Esquerda obtém entre 9% e 12% (2 a 3 eurodeputados) e garante o terceiro lugar, enquanto a CDU tem entre 7% e 9% (2 eurodeputados. Já o CDS fica entre 5% e 7%, podendo eleger entre 1 e 2 eurodeptuados, sendo o PAN a grande surpresa ao alcançar entre 4% e 6%, o que garante a estreia no Parlamento Europeu ao partido.
PS: Entre 30% e 34%. Entre 8 e 9 mandatos
PSD: Entre 20 e 24%. Entre 5 e 6 mandatos
Bloco de Esquerda: Entre 9% e 12%. Entre 2 e 3 deputados
CDU: Entre 7% e 9%. 2 deputados
CDS: Entre 5% e 7%. Entre 1 e 2 deputados
PAN: Entre 4% e 6%. 1 deputado
O Partido Popular Europeu deverá manter-se como a principal força política europeia, apesar de poder perder 40 deputados, passando a 173, segundo uma primeira estimativa do Parlamento Europeu, refere a Lusa.
De acordo com esta projeção preliminar, que tem em conta sondagens à boca das urnas em 16 Estados-membros e projeções nos restantes 12, os socialistas europeus deverão continuar como segunda força na assembleia europeia, mas perdendo também cerca de 40 assentos, passando a contar com 147 eurodeputados.
A Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) destaca-se como a terceira força, conquistando 34 lugares e passando para 102.
A participação nas eleições europeias, que decorreram entre quinta-feira e hoje, foi a maior dos últimos 20 anos, indicou o porta-voz do Parlamento Europeu (PE), citado pela Lusa.
"As primeiras estimativas indicam que a participação nestas eleições é a mais alta dos últimos 20 anos. Representa o primeiro aumento de participação em relação a escrutínios anteriores", avançou Jaume Duch.
O porta-voz da assembleia europeia esclareceu que, segundo os cálculos do PE, a participação no conjunto dos Estados-membros, com exceção do Reino Unido, terá ficado próxima dos 51%. Contabilizando aquele Estado-membro, esta taxa poderá ficar entre os 49% e os 52%.
Portugal contraria esta tendência, com as projeções televisivas a apontarem para uma abstenção entre 65% e 70,5%, provavelmente a mais elevada de sempre.
A taxa de participação nas anteriores eleições, em 2014, foi de 42,54%, ligeiramente abaixo do valor de 2009 (43%).
Entre 1979 e 1994, a participação superou sempre os 50%, mas desde 1999 que a taxa tem vindo a cair.
As projeções das televisões são unânimes em atribuir a vitória ao PS nas europeias. O partido pode eleger entre oito a nove eurodeputados, ou seja, mantém o resultado de 2014 ou ganha mais um. Já o PSD, que concorreu coligado com CDS em 2014, pode perder um eurodeputado ou manter os seis que tem atualmente. A projeção da Católica dá ao partido de Rui Rio aquele que poderá ser um dos piores resultados de sempre.
A CDU deve perder pelo menos um eurodeputado, enquanto o Bloco de Esquerda é um dos vencedores da noite, pois assume-se como terceira força política e pode chegar aos três eurodeputados (contra um atualmente). O PAN é outor dos vencedores da noite, pois elege um deputado, o primeiro que terá no Parlamento. Quanto ao CDS, deverá manter 1 deputado ou subir para dois, mas tem um resultado que fica apenas ligeiramente acima do PAN.
O presidente do PSD, Rui Rio, chegou hoje pouco depois das 19:30 ao hotel onde o partido vai acompanhar a noite eleitoral, entrando pela garagem e seguindo diretamente para o andar onde estão reunidos os outros dirigentes, salienta a Lusa.
Segundo a assessoria do PSD, Rui Rio só vai falar à comunicação social depois de conhecidos resultados, previsivelmente no final da noite.
Paulo Rangel foi o primeiro a chegar ao hotel onde os sociais-democratas acompanham esta noite os resultados das eleições europeias, por volta das 18:30, seguindo-se outros dirigentes do partido como os vice-presidentes Salvador Malheiro, Castro Almeida, Isabel Meireles, bem como o secretário-geral José Silvano.
Também o líder parlamentar, Fernando Negrão, e a líder do Juventude Social-Democrata, Margarida Balseiro Lopes, e alguns candidatos, nomeadamente Álvaro Amaro, Graça Carvalho e Lídia Pereira, já estão no 12.º andar, onde está reunido o "quartel-general" do PSD.
À entrada, o mandatário do PSD nestas eleições, o comissário europeu Carlos Moedas, lamentou que a abstenção em Portugal esteja a crescer, em contraciclo com a Europa. "Temos de comunicar melhor a Europa", disse, mostrando-se confiante em relação aos resultados do partido.
• O PS vence as segundas europeias consecutivas. Resta saber a margem do resultado, sendo que, em 2014, o agora primeiro-ministro António Costa considerou que a vitória por 3,75 pontos percentuais face à candidatura conjunta PSD-CDS tinha sido "poucochinho";
• O PSD (que há cinco anos concorreu com o CDS) arrisca-se a perder um eurodeputado. Em conjunto, PSD e CDS elegeram 7 eurodeputados em 2014, sendo que 6 eram sociais-democratas e um centrista. Agora, a lista liderada por Paulo Rangel pode manter os 6 eurodeputados ou perder um;
• Bloco substitui CDU como terceira força no Parlamento Europeu. Os bloquistas podem eleger os três eurodeputados conseguidos em 2014 pela CDU, mas tem certa a eleição de dois parlamentares, o que representa uma melhoria face a um único deputado eleito há cinco anos;
• A CDU perde um eurodeputado mas mesmo no pior cenário garante pelo menos dois deputados no plenário europeu;
• O CDS tem uma relevante derrota, não elege o segundo eurodeputado nem fica à frente dos dois partidos mais à esquerda (BE e PCP). Na projeção revelada pela SIC o resultado da lista liderada por Nuno Melo é ainda pior, já que centristas e o PAN ficam empatados;
• O PAN é um dos grandes vencedores: depois de se ter estreado na Assembleia da República em 2015, agora também se estreia no Parlamento Europeu (com Francisco Guerreiro, na foto), em ambos os casos com a eleição de um representantes. Com um "score" próximo daquele obtido pelo CDS, o partido de André Silva consolida uma posição no sistema partidário português;
• A esquerda cresce e a direita cai. O bloco constituído por PS, Bloco e CDU deve eleger mais eurodeputados do que em 2014, enquanto a direita (PSD e CDS) deverá perder pelo menos um mandato.
As projeções das televisões de resultados das europeias de hoje foram recebidas em silêncio na sala de imprensa do CDS-PP, onde decorre a noite eleitoral do partido, na sede nacional, em Lisboa.
Às 20:00, quando RTP e SIC anunciaram as suas projeções, estavam menos de uma dezena de militantes e apoiantes na sala onde habitualmente se realizam as conferências de imprensa, refere a Lusa. Não está previsto, para já, qualquer comentário da parte da direção do CDS.
As duas sondagens à boca das urnas dão um a dois eurodeputados ao CDS, que voltou a candidatar Nuno Melo como cabeça de lista.
A líder da União Nacional (RN, extrema-direita), Marine Le Pen, que as sondagens dão como vencedora das eleições europeias em França, pediu hoje a dissolução da Assembleia Nacional para a tornar "um instrumento representativo do país".
"O voto na RN é um voto por França e pelo seu povo. Isso é vital e feliz para um país que navega num estado de confusão. Em face da desvantagem democrática desta noite, é necessário retirar as conclusões necessárias", disse Le Pen.
"Ele [o Presidente Macron] não tem alternativa a dissolver a Assembleia Nacional para a tornar um instrumento representativo do país", acrescentou, repetindo uma posição que tem assumido várias vezes desde o início dos protestos do movimento dos ‘coletes amarelos’.
Inês Sousa Real, da comissão política do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), afirmou hoje que a possível eleição de, pelo menos, um eurodeputado significa que "os portugueses cada vez mais se identificam com partidos alternativos".
"Vamos aguardar os resultados finais com serenidade, mas esta projeção revela a confiança dos portugueses e que vamos ao encontro das suas expectativas", afirmou aos jornalistas a também deputada municipal do PAN em Lisboa.
Inês Sousa Real sublinhou que a "forte" votação no PAN significa que os portugueses se identificam cada vez mais com partidos alternativos aos tradicionais. Por outro lado, a responsável partidária lamentou as "elevadas" taxas de abstenção.
Os resultados das primeiras projeções das televisões foram visionados pelo porta-voz do partido e deputado André Silva e por Francisco Guerreiro, cabeça de lista ao Parlamento Europeu, no piso inferior da sede do partido, enquanto os jornalistas se encontram no piso superior.
O dirigente comunista Manuel Rodrigues considerou que as projeções adiantadas pelas televisões sobre as eleições europeias dão um "resultado expressivo" à CDU e desvalorizou a possível perda de pelo menos um dos três mandatos atuais.
"Os elementos já disponibilizados e avançados colocam a CDU com um resultado expressivo que traduz uma grande influência na sociedade portuguesa e que afirma a CDU como uma força que, através dos seus deputados no Parlamento Europeu, irá como nenhuma outra fazer a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país", disse. Ressalvando tratar-se ainda de projeções de resultados eleitorais, o membro da comissão política do Comité Central do PCP considerou que os dados disponíveis não fogem ao habitual da CDU e não comentou a eventual perda da terceira posição como força política mais votada para o BE.
"Nós efetivamente, há cinco anos, tivemos três deputados eleitos num contexto e conjuntura determinados pela aplicação de um pacto de agressão pela 'troika' que representou grande sofrimento, um ataque a direitos fundamentais dos trabalhadores e do povo e foi nesse contexto que tivemos uma expressão que representou estes três deputados", afirmou. Manuel Rodrigues, referindo-se aos outros sete atos eleitorais europeus anteriores disse que, "a confirmar-se este resultado, seria a quarta vez" que a CDU alcança "dois deputados" eleitos.
"Portanto, não é nenhuma coisa que esteja fora de um quadro em que a CDU intervém, projeta a sua mensagem, nas conjunturas que temos vivido", sublinhou. Outro dirigente comunista, Ângelo Alves, optou por vincar que na CDU nunca há lugar a desilusões. "As vitórias não nos iludem e as derrotas não nos desanimam", afirmou.
A secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes, considerou hoje que, a confirmarem-se as projeções divulgadas pelas televisões sobre os resultados das eleições europeias, se está perante uma "clara vitória do PS" e uma "derrota da direita".
Esta posição foi assumida por Ana Catarina Mendes em conferência de imprensa, em Lisboa, pouco depois de a SIC, RTP e CMTV terem divulgado projeções que apontam para um triunfo dos socialistas nas eleições europeias. "A confirmarem-se as projeções anunciadas agora estamos perante uma clara vitória do PS e uma clara derrota da direita", declarou Ana Catarina Mendes, recebendo uma salva de palmas dos militantes socialistas que a escutavam.
A "número dois" da direção do PS fez ainda uma referência aos parceiros que suportam o Governo no parlamento, BE e CDU (PCP e PEV), dizendo que as projeções também indiciam "um reforço" da esquerda em Portugal.
O diretor de campanha bloquista, Jorge Costa, destacou hoje que as projeções das eleições europeias confirmam o BE como "terceira força política nacional", prevendo-se a "duplicação da votação", sublinhando "a derrota profunda da direita".
Na primeira reação às projeções dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, Jorge Costa começou por "registar uma derrota profunda da direita e das suas forças nesta eleição para o Parlamento Europeu". "Nestas eleições confirma-se o Bloco de Esquerda como terceira força política nacional", destacou, perante o entusiasmo da plateia bloquista.
Segundo as projeções, prosseguiu o diretor de campanha, o BE "duplica a sua votação e garante um aumento da sua representação no Parlamento Europeu". Assim, Jorge Costa congratulou-se com resultados que as projeções indicam.
Inês Sousa Real, da comissão política do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), afirmou hoje que a possível eleição de, pelo menos, um eurodeputado significa que "os portugueses cada vez mais se identificam com partidos alternativos". "Vamos aguardar os resultados finais com serenidade, mas esta projeção revela a confiança dos portugueses e que vamos ao encontro das suas expectativas", afirmou aos jornalistas a também deputada municipal do PAN em Lisboa.
Citada pela Lusa, Inês Sousa Real sublinhou que a "forte" votação no PAN significa que os portugueses se identificam cada vez mais com partidos alternativos aos tradicionais. Por outro lado, a responsável partidária lamentou as "elevadas" taxas de abstenção.
Os resultados das primeiras projeções das televisões foram visionados pelo porta-voz do partido e deputado André Silva e por Francisco Guerreiro, cabeça de lista ao Parlamento Europeu, no piso inferior da sede do partido, enquanto os jornalistas se encontram no piso superior.
Portugal: Green party PAN (Greens/EFA) entering European Parliament comes as a surprise as no pollster and no projection predicted this. #EP2019 #Europawahl2019 #EUElections2019
— Europe Elects (@EuropeElects) May 26, 2019
O Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia classificou hoje os resultados da bancada nas eleições como um gesto de "confiança política" dada por eleitores em vários Estados-membros, nomeadamente na Alemanha e a Irlanda, segundo as primeiras projeções.
"É uma grande celebração e é também uma grande responsabilidade. Temos agora uma grande tarefa, de pôr em ação o que as pessoas nos pediram: políticas ambientais, justiça social e respeito pelo Estado de Direito", afirmou Ska Keller, copresidente do grupo, que falava no Parlamento Europeu, em Bruxelas, nas primeiras reações da noite eleitoral. Para a responsável (na foto com Philippe Lamberts, também copresidente), esta foi uma "grande confiança política" dada por eleitores "de vários países", nomeadamente na Alemanha e na Irlanda, onde os respetivos partidos ecologistas são apontados como o segundo partido mais votado.
Segundo as primeiras projeções, os Verdes conseguiram, ao todo, 71 eleitos, valor que compara com 52 no mandato anterior.
Hoje foi ainda anunciado que caso o partido português PAN eleja eurodeputados ficará integrado nos Verdes europeus.
O secretário-geral do PSD, José Silvano, disse hoje que tudo indica que o PS venceu as eleições europeias, mas remeteu mais declarações do partido para quando forem divulgados os primeiros resultados.
"Temos que esperar para haver resultados conclusivos e sérios. Há uma tendência que nós assumimos já: as duas projeções indicam que o Partido Socialista é o partido mais votado, a partir desta ideia tudo o resto só no final da noite", afirmou.
Numa declaração sem direito a perguntas, José Silvano sublinhou que as sondagens conhecidas até agora "são diferentes", tanto no número de deputados a eleger, como na previsão do resultado eleitoral, pelo que o PSD vai esperar pela divulgação dos resultados finais para reagir.
O cabeça de lista comunista notou estar ainda a comentar projeções que apresentam "grande variação entre si", mas tendo em conta que se antecipa um resultado inferior ao de há cinco anos (e a perda de um eurodeputado) João Ferreira considera que tal se fica a dever às "dificuldades" que a CDU enfrentou como a "menorização da sua intervenção" e sobretudo as "campanhas difamatórias".
João Ferreira aludia às notícias sobre um alegado favorecimento da autarquia comunista de Loures a um genro de Jerónimo de Sousa.
O eurodeputado concluiu dizendo que fica desta eleição a "necessidade de reforço da CDU" e, apontando às legislativas de outubro, prometeu "trabalhar para esse reforço".
A família política europeia dos Liberais reivindicou hoje, em Bruxelas, um papel "crucial" na próxima legislatura do Parlamento Europeu, ao afirmar-se como o terceiro maior grupo da assembleia, onde PPE e Socialistas deixam de ter uma maioria.
Numa primeira reação, no hemiciclo de Bruxelas, à primeira estimativa divulgada pelos serviços do próprio Parlamento Europeu, o líder parlamentar da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE), Guy Verhofstadt, sublinhou que, pela primeira vez, Partido Popular Europeu e Socialistas e Democratas (S&D) não têm, entre si, uma maioria, pelo que a sua bancada terá um papel "crucial".
De acordo com a primeira projeção divulgada pelo Parlamento Europeu - que tem em conta as sondagens à boca das urnas em 16 Estados-membros e projeções nos restantes 12 -, a bancada dos Liberais destaca-se como a terceira força, conquistando 34 lugares e passando para 102, enquanto PPE e S&D continuam a ser as duas principais forças, mas perdendo cada cerca de 40 assentos.
A confirmarem-se as projeções avançadas pela RTP, SIC e CMTV, o PSD arrisca registar o pior resultado de sempre em eleições europeias. Os social-democratas venceram três eleições, sendo que só na última ficaram abaixo dos 30%. Coligado com o CDS, o PSD obteve 27,7% nas Europeias de 2014.
Agora, nas eleições deste ano, o partido de Rui Rio arrisca ficar abaixo deste valor. A RTP dá ao PSD entre 20% e 24%, enquanto a SIC aponta para 21,8% e 28,8%. A CMTV projeta o PSD com 27,1%. O ponto médio destas projeções situa-se abaixo do resultado de 2014, pelo que assim o PSD poderá ter os piores resultados de sempre nestas eleições.
Em termos de deputados eleitos, a RTP aponta para entre 5 e 6 deputados e a SIC para entre 6 e 7 deputados. Os sociais-democratas têm atualmente 6 eurodeputados, pelo que até podem manter este número, ou vir a reforçar.
Sem surpresa, as principais famílias europeias que até aqui dominavam o Parlamento Europeu perderam a maioria absoluta em Estrasburgo. Os Socialistas & Democratas (S&D, centro-esquerda) e o PPE (centro-direita) recuam respetivamente 40 e 43 lugares no plenário europeu segundo a projeção agregada do Politico.
Para formar maiorias no Parlamento Europeu e garantir a eleição e escolha para os principais ligares nas instituições europeias, o PPE e o S&D terão de negociar com outras forças, surgindo liberais (ALDE) e ecologistas (Verdes Europeus) como principais potenciar parceiros na linha mais moderada.
O presidente do PS salientou que as projeções apontam para uma "grande vitória do PS nestas eleições", o que "corresponde a uma grande derrota do PSD e do CDS; a uma grande derrota da direita em Portugal".
Para o também líder parlamentar socialista, com esta vitória nas europeias o PS ganha "energia" para disputar e vencer as legislativas de outubro.
A cabeça de lista destaca o bom resultado alcançado pelos bloquistas: "Bloco consolida-se como a terceira força ao nível nacional".
A eurodeputada recupera o lema de campanha defendendo que o Bloco continuará a trabalhar para responder aos "problemas concretos das pessoas".
Marisa Matias diz ainda que este resultado é fruto da abordagem do partido a esta eleição, considerando que "não há distinção entre política europeia e política nacional" porque ambas se "cruzam". Com efeito, o resultado do Bloco é para Marisa Matias um prémio ao trabalho desenvolvido no Parlamento Europeu e no Parlamento português.
O antigo líder do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã disse este domingo que caso o partido eleja dois eurodeputados o resultado pode ser considerado uma "grande vitória". "O Bloco de Esquerda tem uma vitória se eleger dois deputados. É uma grande vitória se eleger dois [eurodeputados]", disse Francisco Louçã num comentário televisivo na SIC.
De acordo com as sondagens televisivas, o BE terá entre 8,5% e 12,1%, elegendo dois a três eurodeputados, uma subida face ao único mandato que atualmente detém, o da cabeça de lista Marisa Matias.
Já era esperado o reforço eleitoral de forças ultranacionalistas e anti-UE nestas eleições e confirma-se com a subida da Aliança de Matteo Salvini (Aliança Europeia dos Povos e das Nações) e do grupo que integra forças como o 5 Estrelas e o Brexit (partido de Nigel Farage).
No entanto, além do também aguardado crescimento dos liberais (ALDE, a que se juntam os eurodeputados eleitos pelo partido do presidente francês Emmanuel Macron), o destaque vai para a expressiva subida dos ecologistas (Verdes), que beneficiam em particular do resultados dos Verdes alemães mas também de forças como o português PAN.
Paulo Sande, candidato da Aliança ao Parlamento Europeu, sinalizou uma "tranquila resignação" pela sua não eleição, contudo rejeita tratar-se de uma derrota, antes o início de um caminho que está a ser trilhado pelo recém-criado partido de Santana Lopes.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, deverá marcar eleições antecipadas em junho, declarou à Reuters uma fonte do seu partido, o Syriza.
O Syriza, no poder desde 2015 na Grécia, sofreu uma pesada derrota nas eleições europeias este domingo.
Foram divulgados os primeiros resultados oficiais. Com os votos apurados em 2.894 das 3.092 freguesias apurados, o PS está à frente com 34,06%, mais de 10 pontos à frente do PSD que se fica por 23,36%.
O Bloco de Esquerda confirma o terceiro lugar com 9,26%, enquanto CDU (6,35%) e CDS (6,01%) seguem com votações muito próximas. Em quarto está o PAN com 4,52%.
Veja aqui todos os resultados, freguesia a freguesia.
O candidato do PSD às europeias assumiu hoje que o partido não cumpriu os dois objetivos a que se tinha proposto nas eleições.
Começando por lamentar a abstenção, que foi "maciça", Paulo Rangel felicitou o PS pela vitória que teve, "com todo o fair play".
"Arrancamos para este desafio em circunstâncias difíceis, com a criação de novos partidos na área do PSD e alguma turbulência interna", disse Paulo Rangel.
No seu discurso, Rangel reconheceu que o partido tinha fixado dois objetivos e não os atingiu. O primeiro passava por ganhar as eleições, o "que implicava uma subida muito grande". E "se não fosse possível, subir do patamar de 2014 e garantir a eleição de mais deputados".
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ganhou as eleições para o Parlamento Europeu em Espanha com 32,82% dos votos, conseguindo enviar para Estrasburgo 20 eurodeputados num total de 54 que o país elege, refere a Lusa.
Segundo os dados oficiais quando estão escrutinados 95,34% dos votos, o PSOE teve 32,82% da votação e elegeu 20 deputados europeus, seguido pelo Partido Popular (PP, direita) com 20,12% e 12 eurodeputados, o Cidadãos (direita liberal) com 12,23% e sete representantes.
Elegeram ainda eurodeputados a coligação entre Podemos (extrema-esquerda) e Esquerda Unida (comunistas) com 10,08% e seis representantes, o Vox (extrema-direita) com 6,22% e três, o Agora Repúblicas (partidos regionais) com 5,70% e três, o Junts (independentista catalão) com 4,64% e dois e o CEUS (partidos regionais) com 2,66% e um representante.
O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) recusou-se a comentar os resultados das eleições europeias, alegando que está em 'blackout' contra a comunicação social.
A agência Lusa contactou o cabeça de lista do PURP às europeias, Fernando Loureiro, que disse que o partido está em 'blackout' e só aceitava comentar os resultados em direto na televisão ou na rádio.
Com 37 freguesias por apurar, o PURP tinha 12.466 votos, correspondentes a 0,42% do total, e era a 15.ª força política mais votada de entre as 17 que concorreram às eleições europeias. O PURP não participou nas eleições europeias de 2014, pois só foi fundado no ano seguinte.
O cabeça de lista do CDS-PP, Nuno Melo, assumiu, pessoalmente, a responsabilidade pelo resultado do partido nas europeias, afirmando que só existe "um responsável", depois de falhar a eleição do segundo eurodeputado.
"[O resultado] tem um responsável, sou eu", afirmou Nuno Melo aos jornalistas, na sede nacional do partido, no final da noite eleitoral, na sede nacional do CDS-PP, em Lisboa.
O eurodeputado centrista garantiu que foi ele a determinar a meta para as eleições de hoje e concluiu: "Se há alguém a ser julgado sou eu", afirmou, citado pela Lusa.
O presidente da Aliança, Pedro Santana Lopes, considerou que o resultado conquistado pelo partido nas eleições europeias, não tendo conseguido eleger eurodeputados, ficou "aquém" do que gostariam de ter alcançado, pelo que não estão satisfeitos. "Queremos assumir que foi um resultado que ficou aquém daquilo que gostaríamos de ter alcançado, com certeza que sim", disse o líder da Aliança em declarações aos jornalistas a partir da sede, em Lisboa, ainda antes de começarem a ser divulgados os resultados oficialmente.
"Não estamos satisfeitos, gostávamos de ter elegido uma representação", acrescentou o presidente do partido, classificando o resultado como "um pouco uma desilusão", numa noite "com sabor agridoce". Apontando que "com certeza que não é uma vitória, não é também um empate", Santana Lopes salientou que "derrota era se não" tivessem lutado.
Antes, o cabeça de lista da Aliança ao Parlamento Europeu, Paulo Sande, afirmou que o resultado desta noite "não é obviamente" aquele que esperavam, mas "é um resultado dos novos partidos, um resultado digno, um resultado que permite naturalmente lançar as bases do futuro".
A coordenadora do BE qualificou de "extraordinário" o resultado do partido nas europeias, considerando que estas eleições "reconfiguram o mapa político" e que "a disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar".
"O Bloco de Esquerda cresceu em percentagem, cresceu em votos e cresceu em todo o território, de norte a sul, do litoral ao interior e é hoje a terceira força política do país. Com mais força, mais capacidade e por isso mesmo com mais responsabilidade", destacou Catarina Martins num discurso no quartel-general do partido para a noite eleitoral, o Teatro Thalia, em Lisboa, onde falou de um "extraordinário resultado" do partido.
Na perspetiva da líder bloquista, citada pela Lusa, a "derrota da direita" é "um sinal claro" de que o país percebe que a "disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar".
Rui Rio recusa abandonar a liderança do PSD e considera que mantém intactas as condições para levar o PSD a atingir um bom resultado nas eleições legislativas de outubro.
Depois do discurso onde assumiu o mau resultado do partido nas Europeias, com menos de 23% dos votos, Rui Rio deixou a mensagem que continua empenhado no partido, estando agora o foco nas legislativas.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, assumiu a derrota do partido nas eleições europeias de hoje, afirmando que o resultado ficou "aquém dos objetivos traçados", por eleger apenas um e não dois eurodeputados.
"Ficámos aquém dos objetivos traçados", afirmou Assunção Cristas, no fim da noite eleitoral dos centristas, na sede nacional do partido, em Lisboa.
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias, Rui Tavares, considerou hoje à Lusa que, apesar de o partido não conseguir eleger eurodeputados, "claramente existe a possibilidade forte" de conseguir até dois deputados nas eleições legislativas, em outubro.
Admitindo que os resultados "à boca das urnas" não vão permitir ao Livre eleger deputados para o Parlamento Europeu (PE), Rui Tavares afirmou que as indicações provisórias "são muito encorajadoras para as legislativas de outubro".
"A prosseguirem desta forma, claramente existe a possibilidade forte de eleger, em outubro, não só um deputado, como, provavelmente dois, no distrito de Lisboa", indicou o primeiro candidato do Livre, uma vez que "as eleições estão aí à porta".
O secretário-geral do PCP declarou hoje que o resultado eleitoral da CDU foi "particularmente negativo" para os interesses dos trabalhadores, do povo e do país, reconhecendo a quebra face aos três eurodeputados eleitos em 2014.
Jerónimo de Sousa, no centro de trabalho comunista Vitória, sublinhou que "as eleições legislativas de outubro próximo serão um momento decisivo" e que "o resultado de hoje deve constituir um sinal de alerta".
A CDU tinha obtido há cinco anos o seu segundo melhor resultado de sempre em sufrágios europeus, sendo a terceira força política mais votada, com 12,7%, e três mandatos conquistados.
Segundo as projeções e os resultados oficiais conhecidos até ao momento, desta feita a coligação que junta comunistas e ecologistas somente conseguirá eleger dois eurodeputados.
O cabeça de lista da coligação Basta às eleições europeias, André Ventura, considerou hoje à agência Lusa que os resultados ficaram aquém do objetivo, mas o resultado dá "muita força para as eleições legislativas", em outubro.
"Ficamos aquém do nosso objetivo, que era eleger um eurodeputado, no entanto, atendendo às circunstâncias, ganhámos aqui muita força para as eleições legislativas de outubro e agora é nessas que estamos a concentrar todo o nosso foco e toda a nossa energia", afirmou André Ventura.
O cabeça de lista da coligação Basta -- composta pelo Partido Popular Monárquico (PPM), Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) e com o apoio do partido Chega e do movimento Democracia 21 -, afirmou que "com uma taxa de abstenção na ordem dos 70%, conseguir cerca de 45 mil votos" é um "elemento extraordinário".
"Com um mês e meio de existência, sermos a nona força mais votada no país é um enorme orgulho e dá-nos um enorme sentido de responsabilidade", considerou, acrescentando que a coligação retira "boas lições" desta campanha. O primeiro candidato pela coligação Basta explicou também que a elevada taxa de abstenção "mostra a tal distância entre os portugueses e os políticos", além da "dificuldade cada vez maior de passar a mensagem" política.
"É um drama, mas só com novas forças políticas e novas ideias como nós temos feitos é que isso tem sido possível de ser combatido", vincou. Ventura disse estar convencido de que uma grande parte dos eleitores que votaram na coligação "vieram da abstenção" e que eram pessoas "que nunca antes tinham votado".
Nas palavras de Pedro Marques, "a vitória do PS nestas eleições é um verdadeiro farol de esperança".
"Ficámos a mais de 10 pontos percentuais do nosso principal adversário", acrescentou, referindo-se ao PSD. "E isto ganha particular significado porque estamos a governar aqui no nosso país. Esta governação é hoje uma referência para muita da Europa", afirmou, sublinhando que "esta é também uma enorme vitória da governação destes últimos três anos e meio".
"Governar para as pessoas é possível, foi mesmo possível construir uma alternativa de política e deixar a extrema-direita em Portugal onde a queremos: à menor expressão possível", disse.
O cabeça de lista do Partido Democrático Republicano (PDR) nas eleições europeias, António Marinho e Pinto, deu os "parabéns aos animais", depois de os resultados apontarem para a eleição de um eurodeputado do Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
"Parabéns ao Partido Socialista. Parabéns a quem votou no Partido Socialista. Parabéns aos animais, que têm agora um lugar no parlamento. E parabéns ao Bloco de Esquerda", referiu Marinho e Pinto à agência Lusa. Marinho e Pinto foi eleito para o Parlamento Europeu, em 2014, pelo Partido da Terra (MPT), tendo abandonado o partido, no mesmo ano, para fundar o PDR.
De acordo com o candidato do PDR, estas eleições são uma derrota para o partido, para a Europa, e para o projeto europeu, por causa da elevada abstenção. "Perdeu o PDR. Perdeu a democracia com a abstenção", disse, explicando, que, com a renúncia às urnas, "perde a Europa, perde o projeto europeu, com crescimento da extrema-direita como se viu em França -- esta noite com a eleição de Marine Le Pen -- e na Hungria".
Quando estão contados os votos em 99,5% das freguesias, o PS segue com 33,36% dos votos, reforçando a vitória de 2014 (31,5%), o que deverá dar ao partido mais um eurodeputado (num total de nove).
Quanto ao PSD, confirma-se o mau resultado para que apontavam as sondagens e as projeções, ficando a mais de 10 pontos de distância dos socialistas. Os sociais-democratas obtiveram 22,15% dos votos, o que representa o pior resultado de sempre do partido em europeias (em 2014, coligado com o CDS, obteve 27,7%). Os sociais-democratas mantêm seis deputados no Parlamento Europeu.
O Bloco de Esquerda é um dos vencedores da noite, com uma votação que fica próxima dos 10% (segue com 9,79%). O outro é o PAN, que garantiu a eleição do primeiro eurodeputado, com uma votação de 5,07%.
CDU e CDS são os perdedores. Os comunistas baixam para 6,71% (12,68% em 2014) e os centristas caem para o quinto lugar, com 6,23%.
O porta-voz do PAN, André Silva, congratulou-se com a eleição de um eurodeputado para o Parlamento europeu, ressalvando que o partido "não é uma moda" e que "ganhará cada vez mais voz".
"Hoje é uma noite para festejar, uma noite histórica. O PAN não é uma moda. Há cada vez mais pessoas a pensar como nós. Temos dado respostas, ao contrário dos partidos tradicionais", afirmou André Silva, num discurso para dezenas de militantes, que gritavam "Europan".
A reação do líder do Pessoas-Animais-Natureza surgiu por volta das 00:10, logo após a confirmação da eleição de um eurodeputado. Num curto discurso, André Silva afirmou que "a religião do PIB [Produto Interno Bruto] não pode estar no centro da discussão", mas sim questões como a "crise climática". "Esta noite é a confirmação de um percurso que tem sido feito desde 2011. É uma noite histórica e vamos festejar", congratulou-se.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que gostava que houvesse "menos portugueses que escolheram não escolher", mas considerou que essa é uma "opção perfeitamente legítima".
Comentando a elevada taxa de abstenção das eleições europeias durante uma ação do Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "é uma escolha, como tudo na vida" e salientou que caberá agora aos partidos lidar com o desafio de mobilizar os eleitores para as próximas eleições.
Sobre a distribuição dos lugares no Parlamento Europeu, o chefe de Estado destacou que há "uma maioria clara pró-europeia".
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, afirmou que a coligação de governo se mantém, apesar das fortes perdas do Movimento 5 Estrelas, ultrapassado pelos socialistas do Partido Democrático (PD) nas europeias de domingo.
"Os meus aliados no governo são meus amigos", disse à imprensa Salvini, líder da Liga (extrema-direita), apelando ao parceiro de coligação que "volte ao trabalho com serenidade".
A Liga governa com o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) desde junho de 2018.
Quando estão contados os votos em todas as freguesias (faltam apenas 9 consulados), o PS segue com 33,38% dos votos, reforçando a vitória de 2014 (31,5%), o que deverá dar ao partido mais um eurodeputado (num total de nove).
Quanto ao PSD, confirma-se o mau resultado para que apontavam as sondagens e as projeções, ficando a mais de 10 pontos de distância dos socialistas. Os sociais-democratas obtiveram 21,94% dos votos, o que representa o pior resultado de sempre do partido em europeias (em 2014, coligado com o CDS, obteve 27,7%). É também o pior resultado do partido em eleições de âmbito nacional.
Apesar da forte queda, os sociais-democratas mantêm seis deputados no Parlamento Europeu.
O Bloco de Esquerda é um dos vencedores da noite, com uma votação que fica próxima dos 10% (segue com 9,82%). O outro é o PAN, que garantiu a eleição do primeiro eurodeputado, com uma votação de 5,08%.
CDU e CDS são os perdedores. Os comunistas baixam para 6,88% (12,68% em 2014) e os centristas caem para o quinto lugar, com 6,19%.
Apesar de os votos estarem contados em todas as freguesias, falta ainda atribuir seus eurodeputados.
As urnas abriram às 8:00 deste domingo e permanecem abertas até às 19:00 (é preciso ter em conta que nos Açores é menos uma hora).
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