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Catarina Martins diz que PS "faz mal em queimar todas as pontes à sua volta"

"O PS tem toda a legitimidade de querer uma maioria absoluta, acho que faz mal em queimar todas as pontes à sua volta, mas eu cá estarei, no dia a seguir às eleições, para abrir as portas necessárias para um novo ciclo em Portugal", disse a coordenadora bloquista.

Lusa
20 de Janeiro de 2022 às 19:11
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A coordenadora bloquista defendeu hoje que o PS, apesar de "toda a legitimidade" para querer uma maioria absoluta, "faz mal em queimar todas as pontas à sua volta", reiterando a disponibilidade para "abrir as portas" de um novo ciclo.

Depois de participar no debate das rádios, Catarina Martins e a restante comitiva do BE rumaram até Portimão, Algarve, para uma viagem de comboio.

"O PS tem toda a legitimidade de querer uma maioria absoluta, acho que faz mal em queimar todas as pontes à sua volta, mas eu cá estarei, no dia a seguir às eleições, para abrir as portas necessárias para um novo ciclo em Portugal", respondeu aos jornalistas quando questionada sobre o posicionamento do PS nesta campanha eleitoral.

De acordo com a líder do BE, este novo ciclo passa "pela resposta climática e pela ferrovia", como pretendeu assinalar com esta ação de campanha, "mas também pelo salário, pela saúde, pela pensão", as questões fundamentais que permitirão ao país "sair da insegurança e recuperar do atraso em que está.

"A direita não trará soluções e toda a gente sabe que o Bloco de Esquerda fará frente a qualquer solução de direita, mas não se pode fazer de conta que está tudo bem. Nós temos no país muitas dificuldades e elas devem ser enfrentadas", defendeu.

Segundo Catarina Martins, "o PS querer ficar isolado não dará nenhuma solução, mas o BE cá estará com a força que tiver e reforçado para abrir essas portas".

"Não vale a pena estarmos sempre a discutir o mesmo. O PS quer uma maioria absoluta, fez tudo para ter uma maioria absoluta, está nas eleições para ter uma maioria absoluta", respondeu, perante a insistência dos jornalistas na falta de disponibilidade do partido liderado por António Costa para uma convergência de esquerda.
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