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Shinzo Abe dissolve parlamento e convoca eleições gerais
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou hoje a dissolução da câmara baixa do Parlamento, o que implica a convocação de eleições antecipadas em Outubro, com o objetivo de avançar com reformas económicas.
Shinzo Abe convocou esta segunda-feira, 25 de Setembro, eleições gerais antecipadas no Japão, que deverão ter lugar no próximo dia 22 de Outubro.
Em conferência de imprensa, Abe anunciou o plano de dissolver a câmara baixa – que, com a câmara dos conselheiros (câmara alta), compõe a Dieta - no final de uma sessão extraordinária que agendou para a próxima quinta-feira.
Antes da conferência de imprensa, o primeiro-ministro nipónico anunciou um plano de estímulo económico de dois mil milhões de ienes (14.972 milhões de euros), que porá em marcha se for reeleito nas eleições antecipadas de outubro.
O primeiro-ministro nipónico espera, segundo fontes governamentais citadas pela Bloomberg e Reuters, que o apoio da opinião pública à sua posição firme face à Coreia do Norte e a ausência de uma oposição coerente ajudem a sua coligação no poder a manter a maioria de dois terços na câmara baixa (câmara dos representantes) do parlamento (Dieta).
O regime de Pyongyang, recorde-se, ameaçou "afundar" o Japão e no espaço de um mês lançou dois mísseis que sobrevoaram o norte da ilha de Hokkaido.
A informação de que Abe faria hoje este anúncio levou a que se auscultasse a opinião pública, que não se mostrou muito favorável: 64,3% dos eleitores japoneses disseram não apoiar o plano do primeiro-ministro de dissolver a câmara baixa e convocar eleições, contra 23,7% a favor, revelou uma sondagem da Kyodo News realizada durante o fim-de-semana.
Quando questionados sobre qual o partido em que que votariam nas eleições para a câmara baixa, 27,7% dos inquiridos disseram que escolheriam o Partido Liberal Democrata (PLD) de Shinzo Abe, contra 8% para o principal partido da oposição, o Partido Democrático (PD), ao passo que 42,2% se mostraram indecisos, refere o Japan Today.
Nesta mesma sondagem, 6,2% dos inquiridos afirmaram que votariam num novo partido alinhado com a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que se prevê que seja lançado esta semana. Por outro lado, 4,6% disseram que optariam pelo Partido Komeito – o parceiro de coligação do PLD, 3,5% penderam para o Partido Comunista Japonês e 2,2% para o Partido de Inovação do Japão.
Numa outra sondagem, do jornal económico Nikkei e da TV Tokyo, conduzida por telefone entre sexta-feira e domingo, o PLD de Abe contava com 44% dos votos dos inquiridos, contra 8% para o PD, segundo a agência France Presse.