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Pedro Sánchez informa Rei de que reúne "condições" para ser investido
A eleição para a liderança da mesa do Congresso deixou Sánchez confiante na possibilidade de vir a ser investido. Ainda assim, ressalvou que respeitará qualquer "decisão que o chefe de Estado tome".
Depois de reunir com o rei Filipe VI, o Presidente de Espanha e candidato do PSOE insistiu que das eleições de julho só resultou "uma maioria parlamentar possível" e que o seu partido "está em condições de unir o apoio parlamentar" necessário para formar Governo. Sánchez considera agora que tentativas de PP de ser investido são "perfeitamente legítimas, mas em vão".
Relembrando a impossibilidade de a direita formar uma solução de Governo maioritária e a maioria conquistada na mesa do Congresso espanhol no passado dia 17, o líder dos socialistas defendeu que "não há outra alternativa que não seja de reeditar um Governo progressista que consolide os avanços conseguidos nos últimos anos".
O PP, liderado por Alberto Nuñez Feijóo, já informou que tem intenções de se apresentar à investidura, mesmo não reunindo os apoios necessários. Sánchez reconhece a legitimidade dessa intenção, mas reitera que é "em vão". "Fracassaram, foram derrotados nas urnas pela vontade maioritária da sociedade espanhola", afirmou referindo-se aos populares.
"Em todo caso, e isto eu também transmiti em privado ao chefe de Estado, e mostrei a minha vontade de o fazer público, seja qual for a decisão que o chefe de Estado tome, contará com o respeito e o apoio do Partido Socialista Operário Espanhol", acrescentou.
O rei começou esta segunda-feira a ronda com os partidos com deputados eleitos nas últimas eleições. Para a tarde desta terça-feira ficou agendada a reunião com o líder do partido mais votado, o PP.
Pedro Sánchez, do PSOE, procura uma maioria que lhe permita renovar o atual mandato, ainda que tenha ficado no segundo lugar. Já conseguiu uma primeira vitória ao reunir o apoio necessário para eleger a mesa do Congresso no passado dia 17 e está agora confiante de que conseguirá a mesma maioria para a sessão de investidura. Até lá, falta ainda garantir o apoio dos independentistas do Partido Nacional Basco, Bildu, Esquerda Republicana da Catalunha e Junts parar reunir os 176 votos favoráveis necessários para tomar posse.