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PNV impossibilita maioria de direita em Espanha, mas Feijóo não desiste
O PNV recusou sentar-se à mesa para negociar possível apoio a uma investidura do PP. Assim, maioria de direita está descartada, mas Feijóo não desiste e continua a apelar ao apoio do PSOE.
As possibilidades já eram poucas, mas agora são praticamente nulas. Alberto Nuñez Feijóo foi atrás de um acordo à direita, mas os independentistas do Partido Nacional Basco (PNV) já se recusaram a sentar à mesa com o PP (Partido Popular). Ainda assim, o líder dos populares entende que ainda há hipóteses de vir a ser investido e que dizer o contrário é uma "conclusão precipitada".
No final desta segunda-feira, Feijóo foi atrás de um acordo com o PNB que o aproximasse de uma maioria no congresso, mas a tentativa saiu frustrada. Os nacionalistas do País Basco não o vão apoiar e informaram o líder do PP que nem sequer se sentarão à mesa para iniciar negociações.
A esperança do PP era conseguir juntar o apoio do Vox, do Partido Nacionalista Basco, da Coligação Canária (CC) e da União do Povo Navarro (UPN) que, juntos, somam os exatos 176 deputados necessários para a investidura do novo Governo. Assim, saltando para fora da equação um destes partidos, a maioria torna-se inatingível.
Por trás desta recusa dos bascos está, como se previa, a presença da extrema-direita num eventual pacto. Segundo noticia o El Mundo, o PNV acusa Feijóo de ter estado a "branquear" o Vox quando decidiu coligar-se com o partido nos municípios e comunidades autónomas. Além disso, diz também o jornal espanhol, o partido basco mantém o apoio às medidas sociais introduzidas pelo executivo de Pedro Sánchez.
Feijóo não perde esperança
O líder do PP recebeu resposta negativa do PNV, mas não desiste de formar Governo. Diz que achar que não há apoio suficiente para que possa governar devido à recusa dos bascos em iniciar negociações nada mais é do que uma "conclusão precipitada".
O líder do PP insiste na hipótese do PSOE vir a apoiar uma solução governativa. Diz que vai reunir com os socialistas na primeira semana de agosto, mas já lançou sinais da intenção de procurar apoio junto de Pedro Sánchez. "Vou cumprir o meu dever e vou tentar falar com os grupos", disse Feijóo esta manhã aos jornalistas.
Mostrou-se contra um possível pacto de esquerda que leve o PSOE ao Governo porque "seria um grande erro que os independentistas governassem Espanha". E apelou a um apoio do segundo partido mais votado lembrando que "os partidos do Estado ganharam apoio e votos".
Durante toda a campanha, Feijóo centrou-se em grande parte num discurso anti-Sánchez, mas formado este cenário pós-eleições está investido na oposição a um pacto que contemple forças independentistas, como o PSOE procura. Os socialistas precisariam do apoio, além do Movimento Sumar, da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), dos bascos do Bildu e do PNV e o Junts.