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Imprensa internacional destaca vitória "histórica" do PS e o salto da extrema-direita

Além do triunfo "histórico" dos socialistas nas eleições legislativas de domingo em Portugal, a imprensa internacional destaca a ascensão da extrema-direita a terceira força política.

31 de Janeiro de 2022 às 09:55
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Os resultados das eleições legislativas estão em destaque na imprensa internacional que, além da vitória histórica do Partido Socialista (PS), com maioria absoluta, assinalam o crescimento da extrema-direita em Portugal, com a afirmação do Chega como terceira força política.

"Socialista António Costa conquista maioria absoluta histórica em Portugal", diz o El País, numa chamada de primeira página para um artigo em que realça, por um lado, que os eleitores castigaram os parceiros minoritários da "gerigonça" e, por outro, que a extrema-direita se tornou na terceira força parlamentar. 

O tema também chegou à capa do La Vanguardia, com o jornal da Catalunha a escrever que os "socialistas reforçam-se em Portugal e roçam a maioria absoluta" e que "António Costa constrói a sua lenda" e "toca o tecto quando parecia que estava contra as cordas". "E As vacas voaram mais uma vez para o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, cuja frase mais célebre é a de que não existem impossíveis e até o gado bovino pode chegar ao céu".

O El Mundo também pôs em relevo a conquista da "histórica" maioria absoluta por António Costa que lhe "vai permitir governar sem oposição interna" e "tornar-se no primeiro-ministro há mais tempo no cargo da democracia portuguesa".


Em França, o Le Monde diz que António Costa teve a sua "vingança" ao obter maioria absoluta, assinalando que "os outros partidos de esquerda, que contribuíram para a queda do governo, foram os grandes perdedores das eleições legislativas antecipadas". O jornal destaca ainda "outro feito marcante" - "o empurrão da extrema-direita, que chegou em terceiro lugar".

Esse é, aliás, o ângulo do Le Figaro . "A extrema-direita pesou nos debates pela primeira vez desde 1974", escreve o jornal, apontando a conquista do título de terceira força política do Chega, num artigo acompanhado por uma fotografia de André Ventura.

Já o britânico The Guardian pôs em relevo a "surpresa" da maioria histórica alcançada pelos socialistas "contra todas as probabilidades", num artigo em que reproduz as palavras de António Costa, após a vitória eleitoral, de que "maioria absoluta não significa poder absoluto", embora não precise mais de entrar em negociações para formar uma coligação; enquanto o Financial Times realça a vitória do partido de António Costa sobre o sociais-democratas depois de "os eleitores terem penalizado nas urnas a extrema-esquerda que desencadeou as eleições". 

Já o Politico aponta que António Costa "ganhou à grande", contrariando sondagens recentes que indicavam que estaria "no fio da navalha" devido a uma súbida repentina do apoio ao PSD, ao mesmo tempo que assinala que a extrema-direita também ganhou nestas eleições.

Na Alemanha, o Süddeutsche Zeitung refere que não só que o primeiro-ministro de Portugal "pode continuar a governar", mas também que "o partido populista Chega pode tornar-se na terceira força política", num artigo que começa por mencionar que "a desilusão foi grande" para o partido de Rui Rio.

O italiano Corriere della Sera coloca em foco o "triunfo socialista", apontando que, no "tudo ou nada", António Costa "venceu a aposta", num artigo em que assinala também que o "salto" dado pela extrema-direita preocupa.

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