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Fernando Medina: Se a direita voltasse a ter poder em Lisboa, haveria retrocessos

O candidato socialista à presidência da Câmara de Lisboa disse esta segunda-feira que se a direita voltasse a "ter poder na cidade" haveria retrocessos em áreas como o ambiente, na qual pretende dar prioridade à utilização da energia solar.

Miguel Baltazar
03 de Julho de 2017 às 21:51
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"Se virmos o que a direita propõe na nossa cidade de Lisboa, vemos bem que esta batalha pela ecologia e pela sustentabilidade ambiental não está ganha nem está em definitivo arrumada", afirmou Fernando Medina, que falava no jardim do Campo Grande, em Lisboa, na assinatura de um acordo com o movimento cívico Lisboa é Muita Gente para as eleições autárquicas.

 

O candidato insistiu que, "se a direita voltasse a ter poder na cidade, iríamos assistir a um enorme retrocesso em múltiplas áreas". "Reparem que em todos os debates centrais que tivemos sobre a cidade, onde todas essas questões se colocam, [...] a direita posicionou-se sempre pelo lado do automóvel, do lado das vias para a circulação automóvel, do lado da urbanização", apontou.

 

Fernando Medina é presidente da Câmara de Lisboa desde 6 de Abril de 2015, data em que substituiu nestas funções o catual primeiro-ministro e líder socialista, António Costa.

 

Numa candidatura denominada "Lisboa precisa de todos", o PS conta com o apoio do partido Livre e com os movimentos independentes Cidadãos por Lisboa e Lisboa é Muita Gente, estes últimos, na sequência de acordos firmados em 2009.

 

Falando sobre o acordo hoje assinado com o movimento cívico Lisboa é Muita Gente, dedicado à vertente ambiental, frisou que é "centrado no futuro". "Seria um erro - e seria a pior forma de conduzirmos o futuro do próximo mandato - pensarmos que o que temos de fazer é continuar e dar seguimento àquilo que estamos a fazer", reconheceu Fernando Medina, salientando que a aposta será feita em áreas onde ainda não foi possível "avançar o suficiente".

 

Uma delas é a da energia solar, na qual Lisboa tem um "potencial extraordinário", assinalou. "Falamos da produção energética e na utilização da energia produzida de várias formas, mas em particular para o sistema de mobilidade", acrescentou o responsável, exemplificando que isso poderia ser introduzido nos autocarros da rodoviária Carris, gerida pelo município desde Fevereiro passado.

 

Fernando Medina sustentou ainda que este "PS mais", composto também por independentes, permite que o partido chegue "bem a este combate eleitoral", que são as autárquicas, ao conseguir ter "ideias inovadoras, mobilizadoras e progressistas para a governação da cidade".

 

Em representação do movimento Lisboa é Muita Gente, José Sá Fernandes recordou que, "pela quinta vez", assinou um acordo político com o PS e, também pela quinta vez, inclui "um programa muito ecológico a pensar nos cidadãos".

 

De acordo com o vereador da Estrutura Verde e Energia, entre as apostas para o próximo mandato estão a mobilidade, a habitação, a plantação de árvores (cerca de 80 mil, uma por esquina) e a eficiência energética, assim como o combate às cheias, à escassez da água e às ondas térmicas.

 

Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 1 de Outubro, concorrem também à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (líder do CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE) e Teresa Leal Coelho (PSD).

 

Pelo PAN e pelo partido Nós, Cidadãos! as candidatas são, respectivamente, Inês Sousa Real e Joana Amaral Dias. Já Carlos Teixeira vai concorrer como independente apoiado pelo PDR e pelo Juntos pelo Povo.

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