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Bloco reúne Comissão Política na terça-feira e abre a porta a acordo em Lisboa

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) destacou esta segunda-feira a perda da maioria absoluta do PS em Lisboa e abriu a porta a um acordo neste município, adiantando que o assunto será discutido na terça-feira em Comissão Política.

02 de Outubro de 2017 às 20:38
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Catarina Martins falava aos jornalistas na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, após uma reunião do BE com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em que também participaram os dirigentes bloquistas Pedro Filipe Soares e José Manuel Pureza.

 

Questionada se os resultados das autárquicas poderão ter efeitos na negociação do Orçamento do Estado para 2018 e no relacionamento com o PS, respondeu: "Pela parte do BE, não. Dissemo-lo antes das eleições, continuamos a dizê-lo".

 

"O BE, sabem, tem uma presença modesta nas autarquias. Ainda assim, crescemos nestas eleições e tivemos esta manhã melhores notícias do que tínhamos tido ontem [domingo] à noite", declarou, sublinhando o facto de o PS não ter conseguido maioria absoluta na Câmara Municipal de Lisboa.

 

Catarina Martins afirmou que, assim, "o BE alcançou o objectivo não só de eleger um vereador, como de ter uma situação política nova na Câmara de Lisboa" e abriu a porta a um acordo para "um governo mais exigente da cidade".

 

Durante a campanha, o BE defendeu "que as maiorias absolutas do PS em Lisboa tinham impedido uma governação da cidade que respondesse por direitos tão fundamentais da população como a habitação, os transportes e questões da democracia como a transparência", referiu.

 

"Alcançámos o objectivo, veremos agora. Teremos tempo", acrescentou, adiantando que a Comissão Política do BE vai reunir-se na terça-feira à noite para "debater estas matérias e outras".

 

Catarina Martins ressalvou, no entanto, que este não foi um tema abordado no encontro de hoje com o Presidente da República, que disse fazer parte das "reuniões regulares com os partidos sobre os temas da política nacional", como o Orçamento do Estado para 2018.

 

Sobre o Orçamento, a líder do BE lamentou que a discussão com o PS não tenha ficado fechada antes das eleições autárquicas. "As negociações não avançaram, como o Bloco teria gostado que avançassem, antes do período eleitoral e, portanto, agora são retomadas, mantemos o trabalho. Assim é mais difícil do que se o tivéssemos feito antes, mas aqui estamos", disse.

 

Para o BE, o Orçamento para 2018 deve prosseguir "escolhas em nome dos rendimentos do trabalho e em nome dos serviços públicos". Entre outras reivindicações, Catarina Martins mencionou o "alívio do IRS, nomeadamente tornando-o mais progressivo", e o "descongelamento de carreiras na função pública".

 

Quanto às pensões, a coordenadora do BE insistiu que é preciso "acabar com o factor de sustentabilidade para quem tem 40 anos de trabalho e 60 anos de idade" e "discutir também a actualização, o aumento das pensões no ano de 2018".

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