Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Ventura diz que cabe ao PS garantir estabilidade mas admite negociar propostas pontuais

André Ventura disse que "o Chega está sempre disponível para negociar todas as matérias que sejam boas e positivas para o país", mas descartou responsabilidades no que toca ao Orçamento do Estado.

Miguel A. Lopes / Lusa
02 de Abril de 2024 às 23:06
  • 5
  • ...
O presidente do Chega afirmou hoje que o primeiro-ministro "deixou claro que o interlocutor dele será o PS" e considerou que caberá aos socialistas garantir a estabilidade, mas mostrou-se disponível para negociar propostas boas para o país.

"Eu acho que é claro hoje que o Dr. Luís Montenegro fez uma escolha, essa escolha é o PS", afirmou André Ventura, considerando que, no discurso de posse, o líder do PSD "deixou claro que o interlocutor dele será o PS" quando "apelou à responsabilidade e ao compromisso do PS".

O presidente do Chega falava aos jornalistas no exterior do Palácio da Ajuda, em Lisboa, no final da cerimónia de tomada de posse do XXIV Governo Constitucional, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro.

André Ventura disse que "o Chega está sempre disponível para negociar todas as matérias que sejam boas e positivas para o país", mas descartou responsabilidades no que toca ao Orçamento do Estado.

"Todas as medidas que sejam boas contarão certamente com o apoio do Chega. Para o Orçamento do Estado ficou já claro que o PSD escolheu o PS como interlocutor, é com o PS que agora têm de se entender", defendeu.

Ventura garantiu também que o Chega não é uma "força de bloqueio" mas sim "uma força de construção".

O presidente do Chega apontou que "nas grandes decisões da política portuguesa dos próximos meses e anos, em que o primeiro-ministro escolhe as grandes linhas orientadoras da política, da economia, da fiscalidade, ficou claro que o que Montenegro quis foi um compromisso com o PS".

"Luís Montenegro hoje escolheu o caminho de pedir o compromisso do PS. Nós lideraremos a oposição no parlamento", salientou.

O primeiro-ministro defendeu hoje que não rejeitar o programa do Governo no parlamento "significa permitir a sua execução até final do mandato" ou até haver uma moção de censura, desafiando o PS a dizer se será oposição ou bloqueio democrático.

Na semana passada, André Ventura garantiu a Luís Montenegro que não vai contar com o seu partido neste ciclo político e vai ter de governar com o PS.

Na segunda-feira à noite foi indicado pelo partido aos jornalistas que Ventura não estaria presente na tomada de posse, mas hoje de manhã o Chega informou que afinal marcaria presença na cerimónia.

Questionado sobre as razões para a eventual ausência, o líder do Chega justificou com a reunião da bancada e disse que, se não fosse, viria em sua representação o líder parlamentar, Pedro Pinto. "Entendi que era importante o líder do partido estar para evitar leituras errada sobre esta matéria", afirmou, sobre o que o fez mudar de ideias.
Ver comentários
Saber mais André Ventura Luís Montenegro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio