Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Venezuela: Maduro activa o Conselho de Defesa da Nação após advertências dos EUA

O Presidente da Venezuela activou, na terça-feira, o Conselho de Defesa da Nação (CDN), um dia depois de os EUA advertirem que vão avançar com acções económicas fortes e rápidas caso Nicolás Maduro imponha uma Assembleia Constituinte.

Reuters
19 de Julho de 2017 às 00:35
  • 1
  • ...

"Decidi activar o Conselho de Defesa da Nação, para responder integralmente à ameaça imperial", anunciou o Presidente da Venezuela na sua conta no Twitter.

 

Segundo Nicolás Maduro (na foto), Caracas dará uma resposta "muito firme, em defesa do património histórico anticolonial e anti-imperialista" da Venezuela, pois unidos os venezuelanos "são invencíveis".

 

"Nenhum Governo estrangeiro dá ordens nem governa a nossa Pátria. Aqui mandam os venezuelanos. Aqui manda o povo", lê-se noutra mensagem do chefe de Estado, difundida na mesma rede.

 

Entretanto, o canal estatal Venezuela de Televisão divulgou imagens de Nicolás Maduro no palácio presidencial de Miraflores a activar o CDN, "pela independência e dignidade, soberania e autodeterminação do povo venezuelano".

 

Segundo a Constituição da Venezuela, o CDN é o máximo órgão de consulta para a planificação e assessoria do Poder Público venezuelano, nos assuntos relacionados com a defesa integral do país, soberania e integridade do seu espaço geográfico, assim como estabelecer um conceito estratégico para a Nação.

 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu Caracas, na segunda-feira, de que os EUA vão avançar com "sanções económicas fortes e rápidas", caso o Governo do Presidente Nicolás Maduro imponha uma Assembleia Constituinte, com a qual pretende alterar a Constituição.

 

"Ontem [domingo], o povo venezuelano deixou claro que defende a democracia, a liberdade e o Estado de Direito. No entanto, as suas ações fortes e corajosas continuam a ser ignoradas por um líder ruim que sonha em tornar-se num ditador", sublinha um comunicado da Casa Branca.

 

No documento, Donald Trump sublinha que "os EUA não vão ficar parados enquanto a Venezuela se destrói". "Se o regime de Maduro impuser a sua Assembleia Constituinte, a 30 de Julho, os EUA tomarão ações económicas fortes e rápidas. Os EUA exigem mais uma vez eleições livres e justas e unem-se ao povo da Venezuela na busca de restaurar, para o seu país, uma democracia plena e próspera", concluiu.

 

A Venezuela anunciou, entretanto, uma revisão profunda das relações com os EUA.

Ver comentários
Saber mais Venezuela Conselho de Defesa da Nação Assembleia Constituinte Nicolás Maduro Donald Trump EUA política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio