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Vários dirigentes do CDS querem remodelação no Governo

O dirigente democrata-cristão Telmo Correia afirmou que várias vozes da Comissão Política Nacional do CDS-PP defenderam a necessidade de uma remodelação governamental e que o presidente do partido, Paulo Portas, apenas ouviu.

24 de Março de 2013 às 13:15
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Telmo Correia foi o porta-voz da reunião da Comissão Política Nacional do CDS-PP realizada entre sábado à noite e hoje de madrugada e, segundo o relato que fez aos jornalistas, "o presidente do partido não expressou uma opinião final sobre isso, registou as várias opiniões" relativas a eventuais mudanças no Governo.

 

"Essa é essencialmente uma matéria de Governo e, em primeira linha, uma matéria do primeiro-ministro. O interlocutor do primeiro-ministro nessa matéria é, obviamente, o líder do CDS-PP e também ministro de Estado. Ele, para já, ouviu essa mesma matéria. Foi aquilo a que eu assisti: ouviu essas opiniões. Oportunamente, obviamente, saberão o que é que o CDS-PP tem ou não tem a dizer sobre essa matéria", afirmou.

 

De acordo com Telmo Correia, duas das "várias vozes" que consideraram necessária uma alteração na composição do executivo de coligação PSD/CDS-PP foram António Pires de Lima e Diogo Feio, dirigentes democratas-cristãos que também expressaram essa posição à comunicação social.

 

"De resto, essa é uma preocupação que não é exclusiva da Comissão Política do CDS-PP, uma vez que na sociedade portuguesa esse debate tem estado presente. Várias vozes se ouviram. Aquilo que a Comissão Política e, designadamente, o seu presidente fizeram nessa matéria foi ouvir", reiterou.

 

Telmo Correia ressalvou que "a Comissão Política não tomou nenhuma deliberação" nem "votou nenhum documento" sobre uma eventual remodelação do executivo, que sublinhou ser da responsabilidade, em primeiro lugar, do primeiro-ministro.

 

"Obviamente que, no futuro, essa questão será ou não discutida. Começará, obviamente, pelo Governo e nós, eu como deputado, também terei uma opinião. Permita-me que não a expresse agora aqui", acrescentou Telmo Correia, depois de referir que não falou deste assunto na reunião da Comissão Política do CDS-PP.

 

Quanto à moção de censura ao Governo anunciada pelo PS, Telmo Correia perguntou "o que seria se Portugal ficasse precisamente sem Governo num momento destes", quando está "a alguns dias" de fechar a negociação das maturidades dos empréstimos com os seus credores.

 

"Isto significa definir o tempo, o modo e a forma desse pagamento, o que é decisivo para Portugal, para a economia portuguesa, para as empresas e para as famílias em Portugal", considerou o deputado e dirigente democrata-cristão, acrescentando que essa é uma das razões pelas quais o CDS-PP entende "que não faria sentido nenhum que fosse um momento para derrubar o Governo".

 

"Dissemo-lo desde o momento do anúncio desta moção de censura do PS", referiu.

 

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