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Trump devolve proposta de estímulos ao Congresso. É preciso engordar os cheques à população

O presidente cessante dos EUA surpreendeu esta noite, ao reenviar para o Congresso o pacote de estímulos pandémicos que demorou vários meses a ser aprovado. Diz que a proposta é desadequda e quer cheques maiores para a população.

Donald Trump autoproclamou-se vencedor na noite eleitoral e durante o dia seguinte foi escrevendo tweets questionando a contagem de votos.
Chris Kleponis/EPA
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 23 de Dezembro de 2020 às 01:13

Donald Trump decidiu devolver ao Congresso o projeto de lei que demorou vários meses a ser aprovado e que depois de muitos braços de ferro entre democratas e republicanos tinha sido na noite passada aprovado na Câmara dos Representantes e posteriormente no Senado.

 

Num "surpreendente tweet noturno", como lhe chama a CNBC, o presidente cessante dos Estados Unidos disse que o pacote de estímulos pandémicos no valor de 900 mil milhões de dólares – o segundo este ano – é uma "desgraça" e instou os congressistas a procederem a várias alterações, incluindo um maior valor nos pagamentos diretos aos particulares e famílias.

 

O tweet de Trump, que inclui um vídeo onde fala sobre o que considera serem as muitas falhas deste projeto de lei, foi publicado menos de 24 horas depois de o Senado ter dado luz verde ao documento – altura em que foi enviado para a Casa Branca para ser promulgado pelo presidente e passar a lei.

 

"Quero que o Congresso emende este projeto de lei e aumente o ridiculamente baixo valor de 600 dólares dos cheques individuais, para 2.000 dólares – ou 4.000 dólares no caso de ser um casal", afirmou no vídeo.

 

Recorde-se que os congressistas norte-americanos envolvidos nas negociações "fecharam" um pacote de ajuda contra a covid-19 no valor de 900 mil milhões de dólares, no qual se incluem cheques de estímulo aos particulares no valor de 600 dólares a quem aufira menos de 75.000 dólares por ano.

 

O valor destes pagamentos diretos à população foi um dos pontos que gerou conflito entre as partes. O senador republicano Josh Hawley e o senador independenteBernie Sanders, que se aliaram aos democratas na proposta, defenderam cheques no valor de 1.200 dólares a cada pessoa, o que teria ido ao encontro daquilo que o governo ofereceu à população na primavera – ainda nos inícios da pandemia.

Trump não tinha feito antes qualquer ameaça de vetar a proposta - que, além do pacote de estímulos, inclui também o projeto de financiamento do governo federal no valor de 1,4 biliões de dólares para que este continue a funcionar. Assim, a proposta total de 2,3 biliões de dólares voltou para trás, com o chefe da Casa Branca a recusar-se a assiná-la.

Donald Trump disse também que se o Congresso não apresentar o pacote de estímulos que ele deseja, este assunto ficará para o próximo governo.

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