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Trump despede 40 funcionários de agência que identifica riscos financeiros
A Administração Trump decidiu esta quarta-feira "encolher" uma agência governamental que tem como missão identificar riscos financeiros iminentes.
A Administração norte-americana notificou esta quarta-feira cerca de 40 funcionários do Gabinete de Análise Financeira (OFR – Office of Financial Research), dizendo-lhes que serão dispensados, declarou à Reuters uma fonte conhecedora do processo.
Com esta decisão, Trump está assim a reduzir o "staf" de uma agência governamental cuja missão é identificar riscos financeiros iminentes e que tenta impedir que volte a acontecer uma crise financeira como a de 2007 a 2009 – que começou com a crise do "subprime" [concessão de empréstimos à habitação a pessoas com fraca capacidade creditícia] que contagiou o mundo inteiro e que rapidamente atingiu a banca em cheio e fez rebentar a bolha do imobiliário.
A justificação para estas dispensas está numa "vasta reorganização" desta agência, que foi criada na sequência da crise financeira global de 2007-2009.
Segundo a Reuters, foi dito em Janeiro aos funcionários do OFR – gabinete independente sob a tutela do Departamento norte-americano do Tesouro e que analisa as tendências de mercado para detectar possíveis riscos financeiros – que iriam ser suprimidos postos de trabalho, uma vez que a Administração Trump visava reduzir em 25%, para 76 milhões de dólares, o orçamento alocado a esta agência.
Aquando do orçamento solicitado pelo OFR para 2018, a agência disse que o total dos seus funcionários a tempo inteiro no ano de 2016 tinha sido de 208 pessoas, mas sublinhou que visava reduzir esse "staff" para 139.
Segundo disse a mesma fonte à Reuters, a meta do número total de empregados naquele órgão mantém-se em torno de 140 pessoas – o que corresponde a quase 65% menos do que quando o número de funcionários da OFR atingiu o seu pico, com 217 pessoas.
O OFR tem sido alvo de constantes ataques por parte dos Republicanos no Conbresso e outros críticos que apontam o dedo a este gabinete governamental por o considerarem pouco produtivo e desnecessário, sendo mais uma forma de "burocracia governamental intrusiva".