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Sondagem: Caso CCB arrasa cotação de João Soares

O ministro que promoveu uma polémica dança de cadeiras no Centro Cultural de Belém passou a ser avaliado como o pior da equipa de António Costa. Mário Centeno, que já era o mais conhecido, tornou-se também o mais elogiado.

Ministro da Cultura - João Soares
João Miguel Rodrigues
07 de Março de 2016 às 17:34
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A polémica em torno da liderança do Centro Cultural de Belém (CCB) afectou a imagem política de João Soares, ao ponto de o titular da pasta da Cultura passar a ser o pior ministro do Executivo socialista no barómetro de Março da Aximage, realizado para o Negócios e para o Correio da Manhã, que coloca o PSD à frente do PS na intenção de voto legislativo.

 

Um em cada quatro inquiridos que souberam ou quiserem nomear um governante – ou 10,4% do total – apontaram o filho de Mário Soares como o pior ministro. No anterior estudo de opinião, realizado no final de Janeiro, o ex-autarca de Lisboa era colocado no lugar mais indesejado por "apenas" 3,5% do total dos avaliadores.

 

O trabalho de campo para este estudo, que contou com 609 entrevistas efectivas, foi realizado entre 1 e 4 de Março, isto é, na semana em que Soares demitiu o presidente do CCB, António Lamas, e nomeou para o cargo o seu adjunto, Elísio Summavielle. O caso colocou-o debaixo de fogo político, não só da oposição à direita mas também dos parceiros de esquerda no Parlamento, que criticaram primeiro o ultimato feito em público e depois a escolha do sucessor sem concurso público.

 

Quem aproveitou a queda livre de João Soares foi Mário Centeno. Em pleno período de debate orçamental – o Orçamento do Estado para 2016 ainda está a ser discutido, em sede de especialidade, na Assembleia da República –, o ministro das Finanças consegue a proeza de ultrapassar o colega da Saúde e posicionar-se como o "melhor ministro": recolhe 15,9% dos "votos", contra 14,4% de Adalberto Campos Fernandes. Tiago Brandão Rodrigues (Educação) fecha o pódio mas já a larga distância (7%).

 


O destaque das Finanças e o "eclipse" de Caldeira Cabral

Apesar da recuperação face ao mês anterior, o saldo de popularidade continua a ser mais favorável ao ministro da Saúde, já que Centeno é também o segundo elemento do Governo que o eleitorado mais indica como o pior (9,6%), ainda que há um mês fossem 15,1% os "insatisfeitos". Sejam os efeitos positivos ou negativos, o protagonismo do quadro de Banco de Portugal segue incontestável na edição de Março, sendo o que 22,6% respondem quando questionados sobre qual o nome no Governo, além de Costa, que primeiro lhes vem à cabeça.

 

Ainda no que diz respeito à notoriedade espontânea, depois de Centeno e Soares (13,3%) seguem-se dois velhos conhecidos de anteriores governos socialistas: José Vieira da Silva (3,5%) e Augusto Santos Silva (3,2%). Por outro lado, no fundo da tabela "top of mind" surgem cinco nomes que não foram citados por uma única pessoa no estudo realizado pela Aximage.

 

Entre pastas mais sectoriais e nomes mais discretos, como os de Maria Leitão Marques (Presidência e Modernização Administrativa) ou de Manuel Heitor (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), o destaque vai para a irrelevância do novo ministro da Economia em termos de notoriedade. Além de não ser citado em primeiro lugar por nenhum dos inquiridos, Manuel Caldeira Cabral merece mais votos como pior do que como melhor ministro.

A frase FICHA TÉCNICA 

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 609entrevistas efectivas: 292 a homens e 317 a mulheres; 59 no Interior Norte Centro, 88 no Litoral Norte, 107 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 168 na Área Metropolitana de Lisboa e 75 no Sul e Ilhas; 112 em aldeias, 149 em vilas e 348 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 1 a 4 de Março de 2016, com uma taxa de resposta de 82,9%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 609 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

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