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Seguro: "Este é o Governo dos rectificativos"
O líder do PS critica a estratégia orçamental do Governo ao acreditar "que é pela via da austeridade que vai conseguir sair desta crise". Seguro pede mais crescimento económico e considera que "há uma carga excessiva de impostos".
A 24 horas do segundo Orçamento rectificativo deste ano ser conhecido, António José Seguro criticou a estratégia orçamental do Governo.
"O país precisa de mais economia e não de impostos. Já há uma carga excessiva de impostos", disse o secretário-geral do PS esta quarta-feira, 27 de Agosto.
A caminho do oitavo orçamento rectificativo desta legislatura, o socialista acusa o Executivo de Passos Coelho de ser o "Governo dos rectificativos".
Disse também não esperar do documento "nenhuma surpresa diferente das más surpresas que o Governo tem apresentado em termos de estratégia orçamental", afirmou, citado pela Lusa.
Sobre as medidas que poderão constar do documento, o socialista prefere aguardar até conhecer em detalhe o documento.
O Governo aprovou o Orçamento rectificativo na terça-feira, 26 de Agosto, e disse que o documento "garante o cumprimento do objectivo de 4% para o défice público" para este ano, sem a "necessidade de haver recurso a qualquer alteração de natureza fiscal", isto é, sem alterações ao nível de impostos.
Mas o líder do maior partido da oposição critica as opções que têm vindo a ser escolhidas por Passos Coelho. "O País precisa de uma estratégia orçamental. De dar prioridade ao emprego e colocar a economia a crescer, criar emprego, boa saúde pública e boa educação pública", defendeu.
Assim, defende que é preciso "colocar o País no trilho do crescimento económico. O nosso País deve manter o rigor e disciplina orçamental e gerar riqueza para contribuir para equilbrar as contas públicas".
António José Seguro critica a opção orçamental do Governo ao acreditar "que é pela via da austeridade, pela via dos cortes, que consegue sair desta crise".
O líder socialista considera que, apesar do optimismo vivido pelo Governo, os "portugueses estão pior, há mais desempregados, menos rendimentos, muitos deles têm que emigrar".