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Seguro critica Governo por atraso sobre salário mínimo e quer aumento "estável"

O candidato às primárias do PS António José Seguro defendeu esta quarta-feira o aumento do salário mínimo nacional "estável" e integrado numa política de rendimentos, criticando o Governo pelo atraso numa decisão que não deve ser em função do ciclo eleitoral.

Correio da Manhã
17 de Setembro de 2014 às 14:59
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No final de uma visita à Agros no âmbito da campanha para as eleições primárias do PS, Seguro foi questionado pelos jornalistas sobre o valor que defende para o salário mínimo nacional - o seu opositor António Costa sugere que seja 522 euros -, recusando-se a entrar "numa competição de quem oferece mais" para este aumento porque o "valor deve ser encontrado em concertação social".

 

"E não deve ser um aumento pontual e depois passados três ou quatro anos voltamos a discutir o mesmo. Não. Tem que ser um aumento que se integre numa política de rendimentos, que seja estável, de modo a que os trabalhadores portugueses - mas também os empresários - saibam com o que contam para o futuro", concretizou.

 

O secretário-geral do PS criticou o Governo pelo facto de atrasar esta decisão, uma vez que "verdadeiramente há uma disponibilidade por parte dos empresários e dos trabalhadores" mas o executivo "quer retirar proveitos para outros acordos que não fazem sentido neste momento".

 

Interrogado sobre se tem expectativa que esta questão fique resolvida devido à proximidade das legislativas de 2015, Seguro considerou que "se isso acontecer é mais um triste exemplo do que é a política portuguesa".

 

"Nós temos que ter acordos no nosso país que valham não apenas para o dia seguinte mas para futuro. É isso que eu insisto: no sentido de não se agir em função da táctica política ou do ciclo eleitoral mas que se aja em função da necessidade dos portugueses", sublinhou.

 

Para o líder socialista não se pode "decidir as coisas em função da conjuntura", sendo essencial "decidir políticas de rendimentos em função daquilo que é a evolução do nosso país para futuro, do crescimento económico, da inflação, da produtividade" porque "tem que haver estabilidade".

 

"Neste momento o que é essencial é aumentar o salário mínimo nacional porque isso significa um contributo para aumentar o rendimento dos trabalhadores que recebem menos e também uma ajuda à economia nacional", reiterou.

 

Representantes do Governo e dos parceiros sociais reuniram-se hoje para discutir o aumento do salário mínimo nacional.

 

No final da reunião, o secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, disse que o Governo quer esgotar a possibilidade de um consenso entre os parceiros sociais em relação ao salário mínimo nacional.

 

Já a UGT propôs hoje um salário mínimo nacional de 505 euros sem actualização até ao final de 2015, abrindo mão de efeitos retroactivos, um valor que a CGTP considerou que "não é minimamente justo".

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