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Santana rejeita 'bloco central' e defende apoio do PSD a recandidatura de Marcelo

Santana Lopes formalizou hoje a candidatura à liderança do PSD com a entrega da moção, na qual traça o objectivo de vencer as legislativas, rejeita o 'bloco central' e defende o apoio a uma possível recandidatura do Presidente da República.

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02 de Janeiro de 2018 às 12:27
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Na sede nacional do PSD, em Lisboa, Pedro Santana Lopes entregou hoje as 2.525 assinaturas que apoiam a sua candidatura à liderança, no último dia do prazo, a menos de duas semanas das eleições directas marcadas para 13 de Janeiro.

"Não quero reinventar o PSD, o partido não precisa de ser reinventado, já teve piores e melhores resultados, eu fui protagonista de um dos menos bons, mas não só eu", afirmou Santana Lopes aos jornalistas, defendendo uma modernização e uma maior abertura do partido à sociedade.

Santana Lopes fez questão de apresentar como uma diferença em relação ao seu adversário, Rui Rio, - que apresentou a sua moção na passada quarta-feira - o posicionamento em relação a um acordo de Governo de bloco central.

"Nesta moção, naquilo que tenho dito não existem equívocos nessa matéria: entendemos que deve haver alternativa entre os dois principais partidos do sistema partidário, não devem estar juntos no Governo", defendeu o antigo primeiro-ministro, considerando que esse tipo de solução leva ao crescimento dos extremos e enfraquece os principais partidos.

Na moção de 55 páginas, que recupera o 'slogan' da candidatura "Unir o partido, ganhar o país", estão também inscritos os objectivos para os próximos actos eleitorais.

"O nosso grande objectivo é ganhar legislativas em 2019, ao PS, é também manter a maioria absoluta na Madeira, vencer as europeias e voltar a ser o principal partido autárquico e lutar pela conquista de poder nos Açores", explicou Santana.

Apesar de as presidenciais de 2021 já ficarem fora do âmbito de uma moção de estratégia de dois anos, Santana Lopes fez questão de incluir a defesa do apoio do partido a uma eventual recandidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa.

"Faço-o também porque este Presidente da República tem representado um caso excepcional no exercício de magistratura suprema do país, não só de popularidade, mas de entendimento do sistema político e de relacionamento com os governos em funções", justificou Santana, elogiando a primeira metade do mandato presidencial do chefe de Estado.
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