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Rui Rio reeleito presidente do PSD

Rui Rio venceu as eleições do PSD, na segunda volta que disputava com Luís Montenegro.

Tiago Petinga/Lusa
Negócios 18 de Janeiro de 2020 às 21:53
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O candidato e presidente do PSD, Rui Rio, foi reeleito com 53,02% dos votos, derrotando o ex-líder parlamentar Luís Montenegro, que teve 46,98%, anunciou o conselho de jurisdição nacional do partido.

O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de jurisdição, Nunes Liberato, na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, cerca das 23:20.

Os resultados provisórios indicam que Rui Rio obteve 16.420 votos (53,02%) e Luís Montenegro 14.547 (46,98%).

Podiam votar um total de 40.628 militantes, tendo exercido o seu direito 31.295. Registaram-se 199 votos em brancos e 129 nulos.

O órgão de jurisdição do PSD declarou que a eleição de hoje decorreu "com toda a normalidade e muito poucos incidentes".

Apesar de não estar fechada contagem, dado que faltam apurar cerca de 40 secções, Nuno Liberato garantiu que "são resultados que não tem influência global no resultado final".

Assim, o presidente do conselho de jurisdição declarou "eleito presidente da comissão política nacional o militante Rui Rio".

Rui Rio foi assim reeleito presidente social-democrata, tendo vencido a primeira segunda volta em eleições internas realizadas pelo PSD. E vai entretanto iniciar um segundo mandato ao leme da navegação laranja, mantendo em 18 o número de líderes sociais-democratas.
 
O ex-autarca portuense deverá dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos dois anos, nomeadamente com esforços para reforçar a transparência nas lides internas do partido, rejuvenescer e abrir o partido e ainda consolidar o Conselho Estratégico Nacional (CEN) como elemento central na definição das propostas sociais-democratas.
Para evitar as constantes tricas internas que dificultaram a sua afirmação e atuação como líder, Rui Rio deixou claro nos últimos dias que espera agora um mandato mais pacífico do que o anterior.
 
Depois de defender que o PSD não pode andar a "triturar líderes", avisou Luís Montenegro de que "se tiver juízo e maturidade" pode "não morrer politicamente". Ou seja, Rio considera que para isso o rival não pode "fazer aquilo que foi feito ao longo destes dois anos".
 
Mais novidades deverão chegar ao longo das semanas que antecedem o 38.º Congresso do PSD, que decorre em Viana do Castelo entre 7 e 9 de fevereiro.

Uma das curiosidades passa por saber os nomes que vão acompanhar Rio na próxima direção e se será repetida a aposta em nomes polémicos como foi o caso de Elina Fraga.

Por outro lado, Rio já assegurou que, ao contrário do que aconteceu em 2018, quando negociou com Santana Lopes a composição do Conselho Nacional para dar um sinal de unidade interna, desta feita não haverá lugar à consensualização de listas com o adversário derrotado.
 
A moção estratégica que Rio leva ao conclave que o vai entronizar como líder reeleito, intitulada "Portugal ao Centro", reitera a estratégia assumida desde que assumiu a liderança do partido e que assenta na afirmação do PSD ao centro e com disponibilidade para negociar entendimentos, quer à esquerda, quer à direita, em nome do interesse nacional.
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