Notícia
Rui Rio nega ter defendido governo de Bloco Central com o PS
O candidato à liderança do PSD Rui Rio negou hoje ter defendido um governo de Bloco Central com o PS, mas reiterou a importância de pactos de regime que coloquem "o interesse do país à frente dos interesses dos partidos".
15 de Outubro de 2017 às 21:44
Em entrevista à TVI, o antigo autarca do Porto procurou desmontar algumas das ideias que diz serem erradamente atribuídas à sua candidatura, como essa defesa do Bloco Central ou críticas ao legado do actual presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.
"Quando é que eu, enquanto militante do PSD, fiz uma crítica pública ao dr. Pedro Passos Coelho?", questionou.
Rui Rio considerou mesmo "ofensivo" e "difamatório" que lhe pretendam atribuir uma defesa de um governo de Bloco Central, que só considera justificável "em situações de salvação nacional".
"O que eu disse é que os partidos todos têm de pôr os interesses partidários de lado e entenderem-se nas reformas fundamentais para o interesse do país", disse, apontando como exemplo uma solução para o problema dos incêndios.
Ainda assim, admitiu que antes das legislativas previstas para 2019 "não há clima para essas reformas estruturais", salientando que o próximo presidente do PSD só estará em plenitude de funções em Março do próximo ano.
Instado a comentar a proposta de Orçamento do Estado para 2018, Rui Rio ressalvou ainda não ter analisado o documento com pormenor, mas considerou que pensa mais no presente "do que no futuro".
"Se eu estivesse à frente do Governo, ou o dr. Pedro Passos Coelho, já teríamos conseguido um défice zero neste momento", disse, admitindo que o PS não possa "fazer melhor" com a actual coligação à esquerda.
Questionado sobre o que o distingue de Pedro Santana Lopes, o outro candidato anunciado à liderança do PSD, Rui Rio respondeu: "Ui, tanta coisa".
Para o antigo autarca e dirigente do PSD, existem diferenças no posicionamento ideológico - "Santana Lopes está mais no centro-direita e eu no centro-esquerda" e destacou o apoio de André Ventura ao antigo primeiro-ministro - mas antevê sobretudo "um choque de personalidades".
A este propósito, Rio recordou que não se candidatou antes à liderança do PSD para cumprir a palavra dada a quem o elegeu para a Câmara do Porto, enquanto Santana Lopes "há 4 ou 5 meses" decidiu que não seria candidato à Câmara de Lisboa devido às suas funções na Santa Casa, a que agora decidiu renunciar.
Defendeu que Santana Lopes deveria sair já do cargo de Provedor desta instituição e disse que, se fosse Presidente da República, não teria recebido um quase candidato à liderança de um partido, como fez Marcelo Rebelo de Sousa na semana passada.
Sobre o papel do actual chefe do Estado, Rio admitiu que possa ter discordado das suas posições em certos momentos, mas, em geral, compreendeu a sua postura de colaboração com o Governo do PS.
Na entrevista à TVI, Rui Rio desvalorizou que o facto de não ser deputado o possa prejudicar se vier a liderar o PSD e assegurou que "não vai haver purga nenhuma" no grupo parlamentar, cuja direcção foi eleita antes do verão.
"Este grupo parlamentar está no exercício de funções, foi eleito democraticamente, estão lá e vão seguramente cumprir o seu papel, independentemente do presidente que for eleito", disse, admitindo, contudo, querer abrir mais o partido à sociedade.
"Logo se vê quem fica e quem sai", disse.
O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro (com Congresso entre 16 e 18 de Fevereiro) em eleições directas. O actual líder, Pedro Passos Coelho, já anunciou que não se recandidata ao cargo que ocupa desde 2010.
"Quando é que eu, enquanto militante do PSD, fiz uma crítica pública ao dr. Pedro Passos Coelho?", questionou.
"O que eu disse é que os partidos todos têm de pôr os interesses partidários de lado e entenderem-se nas reformas fundamentais para o interesse do país", disse, apontando como exemplo uma solução para o problema dos incêndios.
Ainda assim, admitiu que antes das legislativas previstas para 2019 "não há clima para essas reformas estruturais", salientando que o próximo presidente do PSD só estará em plenitude de funções em Março do próximo ano.
Instado a comentar a proposta de Orçamento do Estado para 2018, Rui Rio ressalvou ainda não ter analisado o documento com pormenor, mas considerou que pensa mais no presente "do que no futuro".
"Se eu estivesse à frente do Governo, ou o dr. Pedro Passos Coelho, já teríamos conseguido um défice zero neste momento", disse, admitindo que o PS não possa "fazer melhor" com a actual coligação à esquerda.
Questionado sobre o que o distingue de Pedro Santana Lopes, o outro candidato anunciado à liderança do PSD, Rui Rio respondeu: "Ui, tanta coisa".
Para o antigo autarca e dirigente do PSD, existem diferenças no posicionamento ideológico - "Santana Lopes está mais no centro-direita e eu no centro-esquerda" e destacou o apoio de André Ventura ao antigo primeiro-ministro - mas antevê sobretudo "um choque de personalidades".
A este propósito, Rio recordou que não se candidatou antes à liderança do PSD para cumprir a palavra dada a quem o elegeu para a Câmara do Porto, enquanto Santana Lopes "há 4 ou 5 meses" decidiu que não seria candidato à Câmara de Lisboa devido às suas funções na Santa Casa, a que agora decidiu renunciar.
Defendeu que Santana Lopes deveria sair já do cargo de Provedor desta instituição e disse que, se fosse Presidente da República, não teria recebido um quase candidato à liderança de um partido, como fez Marcelo Rebelo de Sousa na semana passada.
Sobre o papel do actual chefe do Estado, Rio admitiu que possa ter discordado das suas posições em certos momentos, mas, em geral, compreendeu a sua postura de colaboração com o Governo do PS.
Na entrevista à TVI, Rui Rio desvalorizou que o facto de não ser deputado o possa prejudicar se vier a liderar o PSD e assegurou que "não vai haver purga nenhuma" no grupo parlamentar, cuja direcção foi eleita antes do verão.
"Este grupo parlamentar está no exercício de funções, foi eleito democraticamente, estão lá e vão seguramente cumprir o seu papel, independentemente do presidente que for eleito", disse, admitindo, contudo, querer abrir mais o partido à sociedade.
"Logo se vê quem fica e quem sai", disse.
O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro (com Congresso entre 16 e 18 de Fevereiro) em eleições directas. O actual líder, Pedro Passos Coelho, já anunciou que não se recandidata ao cargo que ocupa desde 2010.