Notícia
Rui Rio denuncia que Ministério da Saúde não paga às IPSS desde janeiro
O presidente do PSD, Rui Rio, denunciou esta segunda-feira que o Ministério da Saúde não paga às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) desde janeiro, situação que considera "inaceitável" e sobre a qual estava "a milhas" quando pediu que fossem liquidadas as dívidas do Estado.
04 de Maio de 2020 às 19:50
"Fiquei absolutamente estarrecido e admirado com a situação. As IPSS receberam pela Segurança Social tudo o que têm direito, mas tudo o que devem receber do Ministério da Saúde, pura e simplesmente, o Governo não tem pago nada desde janeiro", revelou, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião no Porto com a União da Misericórdias do Porto e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).
De acordo com Rui Rio, esta é uma realidade a qual o PSD era alheio quando apresentou uma proposta para que o Governo pagasse "tudo o que havia para pagar" e ajudar a injetar liquidez na economia.
"Eu estava a milhas de imaginar que me pudessem vir dizer que não pagam nada desde janeiro, particularmente quando todas estas instituições tem tido um trabalho ainda mais importante do que o trabalho que já fazem todos os dias", referiu, acrescentando que esta situação não é "minimamente aceitável".
Para além de ser inaceitável a dívida que o Estado tem, o líder social-democrata considera que não faz sentido fazer ainda mais dívida sobretudo neste setor.
O presidente do PSD disse, contudo, desconhecer o valor da dívida do Ministério da Saúde às IPSS que hoje denunciaram ainda a falta de articulação entre "a Segurança Social", responsável pela prestação de cuidados sociais, e o Ministério da Saúde, no que respeita aos cuidados de saúde prestado.
A União de Misericórdias e CNIS abordaram ainda a necessidade do país de ter um programa devidamente detalhado de resposta às questões sociais que estão em crescendo e que necessitam de respostas mais imediatas, "não no pós-covid, mas no pós-calamidade".
"Hoje é o primeiro dia que a economia começa abrir um bocadinho (...) mas aquilo que nós já hoje temos a certeza, mesmo com a economia já hoje a funcionar bastante melhor, em junho, julho, nós vamos ter problemas de ordem social muito graves. Desde logo problemas de ordem de carência alimentar, de acesso ao emprego (...) e inclusive na componente da habitação porque é previsível que muitas famílias não irão conseguir pagar as suas rendas porque ficarão no desemprego", afirmou.
Face à gravidade da situação, o social-democrata adiantou ainda que o PSD apresentar em paralelo com o programa de retoma da economia, que está a ser preparado e que deverá ser apresentado em final de maio, início de junho, "contributos sérios e estruturantes" para as questões sociais, cuja necessidade ficou clara depois da reunião que decorreu hoje com o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, e o presidente da CNIS, Lino Maia.
Aos jornalistas, o responsável daquela confederação salientou a postura "responsável" do PSD a quem pediu que concretizasse "algumas propostas para ultrapassar" socialmente a pandemia de covid-19.
Lino Maia alertou para as consequências de crise pandémica que devem merecer uma resposta pública e articulada quer do setor social, que da saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.063 pessoas das 25.524 confirmadas como infetadas, e há 1.712 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
De acordo com Rui Rio, esta é uma realidade a qual o PSD era alheio quando apresentou uma proposta para que o Governo pagasse "tudo o que havia para pagar" e ajudar a injetar liquidez na economia.
Para além de ser inaceitável a dívida que o Estado tem, o líder social-democrata considera que não faz sentido fazer ainda mais dívida sobretudo neste setor.
O presidente do PSD disse, contudo, desconhecer o valor da dívida do Ministério da Saúde às IPSS que hoje denunciaram ainda a falta de articulação entre "a Segurança Social", responsável pela prestação de cuidados sociais, e o Ministério da Saúde, no que respeita aos cuidados de saúde prestado.
A União de Misericórdias e CNIS abordaram ainda a necessidade do país de ter um programa devidamente detalhado de resposta às questões sociais que estão em crescendo e que necessitam de respostas mais imediatas, "não no pós-covid, mas no pós-calamidade".
"Hoje é o primeiro dia que a economia começa abrir um bocadinho (...) mas aquilo que nós já hoje temos a certeza, mesmo com a economia já hoje a funcionar bastante melhor, em junho, julho, nós vamos ter problemas de ordem social muito graves. Desde logo problemas de ordem de carência alimentar, de acesso ao emprego (...) e inclusive na componente da habitação porque é previsível que muitas famílias não irão conseguir pagar as suas rendas porque ficarão no desemprego", afirmou.
Face à gravidade da situação, o social-democrata adiantou ainda que o PSD apresentar em paralelo com o programa de retoma da economia, que está a ser preparado e que deverá ser apresentado em final de maio, início de junho, "contributos sérios e estruturantes" para as questões sociais, cuja necessidade ficou clara depois da reunião que decorreu hoje com o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, e o presidente da CNIS, Lino Maia.
Aos jornalistas, o responsável daquela confederação salientou a postura "responsável" do PSD a quem pediu que concretizasse "algumas propostas para ultrapassar" socialmente a pandemia de covid-19.
Lino Maia alertou para as consequências de crise pandémica que devem merecer uma resposta pública e articulada quer do setor social, que da saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.063 pessoas das 25.524 confirmadas como infetadas, e há 1.712 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.