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Rio: Se Portugal "é pior país do mundo" é porque Governo não tem estado à altura

O presidente do PSD responsabilizou hoje o Governo por Portugal ser atualmente "o pior do mundo no combate à pandemia" e apelou a que deixe a sua "permanente preocupação com a propaganda política para os tempos de campanha eleitoral".

Miguel A. Lopes
11 de Fevereiro de 2021 às 16:11
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O presidente do PSD responsabilizou hoje o Governo por Portugal ser atualmente "o pior do mundo no combate à pandemia" e apelou a que deixe a sua "permanente preocupação com a propaganda política para os tempos de campanha eleitoral".

"Se Portugal tem sido o pior do mundo no combate à pandemia, é porque quem nos governa não tem estado plenamente à altura das responsabilidades que foi chamado a assumir", afirmou Rui Rio, no debate parlamentar sobre o pedido de autorização de renovação do estado de emergência.

O líder do PSD acusou o Governo de ter falhado na preparação das escolas para o ensino à distância e no arranque do plano de vacinação, "colocando demasiadas sobras na esfera de decisão de gente com fraco sentido ético".

"É preciso que o Governo relegue a sua permanente preocupação com a propaganda política para os tempos de campanha eleitoral e não para este momento dramático com que os portugueses estão confrontados", apelou Rio.

Na sua intervenção, Rio reiterou o voto a favor da renovação do estado de emergência - o PSD foi a única força política a votar sempre ao lado dos socialistas -, assegurando que o partido nunca se deixará levar para "um voto irresponsável, comandado por opções táticas que subordinam o interesse nacional a objetivos de natureza partidária".

"Que seria de Portugal se também o PSD tivesse votado contra o estado de emergência? O país estaria do ponto de vista sanitário, económico e social numa situação ainda mais deplorável, e o Governo estaria, seguramente, a culpar o parlamento", afirmou.

No entanto, o líder social-democrata considerou que o Governo "tem estado bem longe de conseguir cumprir com o que lhe é legitimamente exigível".

"Falhámos no planeamento da segunda vaga, o que implicou que ela praticamente se juntasse a uma terceira onda de dimensões absolutamente dramáticas", afirmou.

Para Rio, o país tardou também a confinar, fê-lo de forma "demasiado lenta e demasiado gradual" e as escolas ficaram abertas "para lá do aceitável", dizendo ser hoje "bem claro que elas são um dos principais focos de contágio social".

Se o presidente do PSD considerou que Portugal não será "seguramente dos melhores do mundo" no planeamento do ensino à distância, foi quanto ao processo de vacinação que deixou os maiores alertas.

"Jamais conseguiremos atingir as metas de vacinação fixadas e a defesa da nossa economia se não formos capazes de começar a vacinar mais rapidamente. É preciso criar, a tempo e horas, muito mais locais e vacinação do que aqueles que existem", apelou, pedindo também ao Governo a "transparência" de informar diariamente sobre o número de cidadãos vacinados.

Rio salientou que, ao chamar a atenção para os erros cometidos, o PSD tem "como intenção primeira o incentivo à sua correção e o consequente melhoramento da ação governativa".

"Neste momento tão difícil, é tempo de todos assumirmos as nossas responsabilidades, em nome das vidas que podemos ajudar a salvar, e no respeito pelo louvável sacrifício que muitos profissionais de saúde estão a fazer por Portugal. Saibamos estar todos à altura do exemplo que deles estamos a receber", pediu.
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