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Refiliação de Manuel Monteiro no CDS adiada para futura liderança

Em 1992, com apenas 29 anos, Manuel Monteiro assumiu a liderança do CDS, adotou uma linha de rutura com uma nova geração de dirigentes, pela refundação do partido, claramente de direita, a ponto de o rebatizar Partido Popular.

Ricardo Pereira/Sábado
31 de Outubro de 2019 às 21:07
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A direção de Assunção Cristas não vai decidir, até ao congresso de janeiro, a refiliação no CDS do ex-líder Manuel Monteiro (na foto), que deixou o partido em 1998 para fundar a Nova Democracia (ND).

 

"Essa é uma decisão que ficará na pasta de transição" para a liderança que sair do congresso nacional de janeiro de 2020, afirmou à agência Lusa o secretário-geral do CDS, Pedro Morais Soares.

 

Após uma progressiva reaproximação aos centristas, desde que se afastou da ND em 2009, Manuel Monteiro participou em várias iniciativas do seu antigo partido, a convite da Tendência Esperança em Movimento (TEM), no ano passado.

 

Em setembro, entregou a ficha de refiliação na concelhia da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, que aprovou a sua inscrição.

 

Até agora, a direção nada decidiu, o que foi considerado um "ato censório" que "não cabe num partido que se diz pluralista e democrático", afirmou Abel Matos Santos, porta-voz da TEM, à margem do conselho nacional do partido, em 17 de outubro.

 

Em 1992, com apenas 29 anos, Manuel Monteiro assumiu a liderança do CDS, adotou uma linha de rutura com uma nova geração de dirigentes, pela refundação do partido, claramente de direita, a ponto de o rebatizar Partido Popular.

 

Deixou a liderança em 1998, e fundou, mais tarde, em 2003, o partido Nova Democracia que se apresentou às eleições, com resultados muito modestos.

 

A última vez que concorreu às eleições, nas legislativas de 2011, a Nova Democracia obteve 0,21%, com 11.806 votos, longe de eleger qualquer deputado.

 

O partido foi extinto pelo Tribunal Constitucional em 2015, por falta de apresentação das contas anuais.

 

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