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Receita do PSD para crescimento do país passa por “tratar bem o setor privado”, reduzir impostos e burocracia

Em entrevista ao Público, Pedro Reis, um dos quatro coordenadores do programa económico da AD, defende que as PPP são fundamentais para melhorar a educação, saúde e habitação. Sobre o novo aeroporto, diz que o relatório da CTI “imuniza no bom sentido uma decisão” e Montenegro será célere a avançar com uma solução.

Bruno Simão/Negócios
01 de Fevereiro de 2024 às 09:46
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A receita do PSD para o crescimento económico passa por "tratar bem o setor privado", reduzir impostos e burocracia. "As prioridades, do ponto de vista do Estado, é justamente remover custos de contexto, aliviar fiscalidade, acabar com burocracias, recuperar a diplomacia económica que se perdeu", defendeu em entrevista ao Público Pedro Reis, um dos quatro coordenadores do programa económico da AD.


O antigo presidente da AICEP sublinhou ainda que o país tem "uma sociedade envelhecida, um peso grande do Estado, da função pública, dos reformados em cima da população activa, portanto, não se pode retirar apoios sociais e deixar as pessoas na mão. O caminho que a AD preconiza é o contrário: é criar condições às empresas privadas para gerar riqueza. Não conheço nenhum país que tenha futuro que não seja pela aposta no crescimento económico, e o crescimento económico é tratando-se bem o setor privado, não vejo outro modelo que tenha vingado", acrescentou. Além disso, o "Estado acaba por ir buscar mais receita em volume porque tem uma base fiscal maior", lembrou.


As Parcerias Público Privadas (PPP) também fazem parte da receita do PSD para melhorar a educação, saúde e habitação. "Chega de anátemas sobre o setor privado que pode dar um contributo brutal na saúde", referiu, acrescentando que é preciso "envolver o sector privado e o sector social, ter programas calendarizados, quantificados para diminuir com as listas de espera para consultas e médicos de família. A melhor maneira de salvar, reforçar o sistema nacional de saúde é integrar todos os players que temos e que são poucos para o que vamos precisar, tendo em conta o envelhecimento da população".

Sobre a atual posição do PSD sobre o novo aeroporto, lembrou que "Luís Montenegro é muito claro sobre essa matéria. Conta tomar a decisão muito rapidamente, uma vez seja primeiro-ministro". E defendeu que "o estudo da CTI [comissão técnica independente] imuniza no bom sentido uma decisão".

Questionado se não partilha das reservas do PSD em relação ao grupo de trabalho coordenado por Maria Rosário Partidário, respondeu que "as comissões técnicas dão suporte, iluminam a matriz de decisão. A decisão final só pode ser dos poderes políticos. Se houver consenso, entre Governo e oposição, tanto melhor".

Logo no dia em que a CTI apresentou o relatório preliminar sobre a avaliação ambiental para o novo aeroporto, recomendado a localização de Alcochete, Luís Montenegro anunciou que iria ser criado um  grupo de trabalho interno para analisar o documento. 

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