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Rangel: PSD deve estar "orgulhoso" pela forma como reagiu à "pequena crise do fim de semana"

O cabeça-de-lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, disse esta noite que o partido deve estar "orgulhoso" pela forma como reagiu "à pequena crise do fim de semana", considerando que não há motivos para "tremer ou estar preocupado".

Hugo Delgado/Lusa
07 de Maio de 2019 às 00:08
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"Devemos estar orgulhos, nesta pequena crise do fim de semana, da forma como o nosso partido esteve e respondeu a essa ofensiva tática. Manter os princípios e afirmar as convicções, não ceder aos taticismos e ser frontal, é uma homenagem a Sá Carneiro. O nosso código genético é a frontalidade, a convicção e a ausência de receio de dizer a verdade", disse Paulo Rangel.

 

O candidato social-democrata falava no Porto antes de ter início a festa comemorativa do 45.º aniversário do PSD que esta noite está a ser marcada em todo o país com sessões de cinema.

 

Em exibição está o filme "Snu", da realizadora Patrícia Sequeira, que conta a história de Snu Abecassis, fundadora da editora D. Quixote, que se tornou célebre por publicar livros que desafiavam a censura no Estado Novo e por se ter relacionado com Francisco Sá Carneiro.

 

Rangel, que discursou antes do líder do partido, Rui Rio, descreveu o fundador do PSD Sá Carneiro, para apontar que este "não tinha medo de dizer o que pensava", algo que "deve inspirar todos neste momento", defendeu.

 

O candidato do PSD às eleições que decorrem em 26 de maio começou por dizer que "este não é o espaço para uma mensagem política ou eleitoral", para depois elogiar Francisco Sá Carneiro e fazer um paralelismo entre as características de um dos fundadores do partido e o momento atual da política.

 

"Sá Carneiro era um homem frontal que não tinha medo de dizer o que pensava, não tinha medo de viver como pensava. A frontalidade na ação política é algo que nos dias de hoje nos deve inspirar muito. Devemos ter muito orgulho neste legado que nos deixou o nosso fundador", referiu, acrescentando que "a política portuguesa, nos últimos dias, foi dominada por jogos palacianos, dissimulações e taticismo".

 

Paulo Rangel frisou ainda que o PSD "não precisa de propaganda", nem de "impor o seu caminho de forma encenada", para depois, sem nunca referir o nome do primeiro-ministro, António Costa, ou do Governo PS, declarar que "quem começa o dia com uma encenação que resulta numa fotografia" mostra "medo e não verdade".

 

"De uma coisa tenho a certeza, o povo português sabe distinguir quem faz as coisas por convicção, quem assume a coerência, quem não anda atrás dos 'media', quem não precisa de invadir, com três mosqueteiros ao mesmo tempo, todos os telejornais para passar a sua mensagem", concluiu.

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