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PSD diz esperar que Governo não "desaproveite" herança deixada

O PSD disse hoje esperar que o Governo não "desaproveite" a "herança" deixada pelo anterior executivo, sublinhando que ao contrário do que se vaticinava, o Eurostat confirmou que, sem os encargos do Banif, o objectivo do défice foi cumprido.

21 de Abril de 2016 às 13:57
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"Nós sempre dissemos que o objectivo era atingível e foi", afirmou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas no final da reunião da bancada social-democrata.

 

O gabinete oficial de estatísticas da União Europeia confirmou hoje que Portugal terminou 2015 com um défice de 4,4% do PIB, e uma dívida pública de 129%, contabilizando os custos da medida de resolução aplicada ao Banif.

 

No quadro das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, é lançado um procedimento por défice excessivo quando o défice público é superior a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo este sido precisamente o valor atingido por Portugal em 2015 sem contabilizar o impacto de 1,4% decorrente da medida de resolução aplicada ao Banif.

 

Recordando que o Governo anterior, de maioria PSD/CDS-PP tinha fixado como objectivo chegar ao final de 2015 em condições de sair do procedimento de défice excessivo, Luís Montenegro sublinhou que é dessa base que o actual executivo socialista parte.

 

"A herança que foi deixada ao PS não tem nada a ver com a herança que foi recebida por nós em 2011, porque nessa altura estávamos de facto com um défice 11,2%, com um nível de endividamento a crescer de forma galopante e com um desemprego também a crescer de forma muito significativa", sublinhou.

 

Por isso, continuou, o Governo "tem todas as condições para poder dar sequência ao trabalho de consolidação orçamental, porque sem a operação do Banif o objectivo foi atingido", contrariamente ao que os partidos que hoje suportam o Governo - PS, BE, PCP e PEV - e algumas instituições perspectivavam.

 

"A herança deste Governo, a sua grande responsabilidade, é não desaproveitar", acrescentou, lembrando ainda que o défice público em 2015 era inferior a 5 mil milhões de euros, quando em 2011 era de 20 mil milhões.

 

O Governo tem reiterado que a operação do Banif não deve ser considerada nas contas públicas, permitindo que o défice orçamental se mantenha na meta dos 3% do PIB.

 

A Comissão Europeia tem indicado que tomará uma decisão em maio, após ter em sua posse não só os dados validados do Eurostat, como também as previsões económicas da primavera (que a Comissão divulgará no início de maio) - para analisar a trajectória expectável do défice - e após analisar o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade, que o Governo deverá apresentar até ao final de Abril.

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