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PSD afunda e fica a 10 pontos do PS

Tanto o PSD como o seu líder, Pedro Passos Coelhos, tiveram um mês de Outubro negro. Distância face ao PS alarga-se e a popularidade do seu líder voltou a cair.

Miguel Baltazar
04 de Novembro de 2016 às 18:30
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A vida não correu bem ao PSD em Outubro, a avaliar pelos números do barómetro mensal da Aximage, divulgados esta sexta-feira, 4 de Novembro. Durante este mês, marcado pela proposta de Orçamento do Estado para 2017, as intenções de voto no partido caíram dois pontos e a avaliação que os portugueses fazem do seu líder, Pedro Passos Coelho, deteriorou-se igualmente.

Vamos por partes. A Aximage revela que o PSD sofreu neste último mês a sua segunda maior queda desta legislatura. As intenções de voto passaram de 30,6% para 28,7%, ao passo que o PS reforçou a sua posição, com uma subida de 0,6 pontos para 38,3%. Resultado: o fosso que separa o PS do PSD é agora de quase 10 pontos, anulando a recuperação ensaiada pelos sociais-democratas em Outubro.

Mas os dados relativos ao líder do PSD são também pouco animadores para as hostes laranjas: não só Passos Coelho caiu na avaliação feita pelos portugueses como foi o único a cair entre os líderes partidários. De uma avaliação de 6,6 (de zero a 20) caiu para 6,3 pontos, exactamente metade da nota que é dada ao primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, com 12,6, que subiu ligeiramente. Catarina Martins surge em segundo lugar com 11,5, Jerónimo de Sousa com 10,8 e finalmente Assunção Cristas com 10.

Também o indicador que mede a confiança dos portugueses em Passos Coelho como primeiro-ministro caiu. Passou de 32,8 para 30,8, enquanto o seu rival António Costa viu reforçada a sua posição em um ponto, para 55,4 pontos.

Esquerda vale 54% dos votos

Nas restantes forças políticas, não houve oscilações muito pronunciadas nas intenções de voto. Segundo o barómetro da Aximage, o Bloco mantém-se confortavelmente na terceira posição, com 9% das intenções de voto, 0,3 pontos acima do mês anterior. Segue-se a CDU com 7,3% (0,2 pontos abaixo de Outubro) e o CDS, com 6,4 pontos (mais 0,3 do que no mês anterior).

Somando PS, Bloco e CDU, conclui-se que a esquerda parlamentar reúne neste momento 54,6% dos votos, contra 35,1% dos dois partidos de direita (PSD e CDS).

Finalmente, no que toca ao Presidente da República, os dados da Aximage mostram que a popularidade Marcelo continua nos píncaros. Os portugueses dão-lhe uma nota de 19 (em 20 valores), igual à do mês anterior e a mais alta desde que assumiu funções em Belém. Na recta final do seu mandato, Cavaco Silva, merecia uma nota de apenas 6,5 valores.

Ficha técnica

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 601 entrevistas efectivas: 279 a homens e 332 a mulheres; 58 no Interior Norte Centro, 83 no Litoral Norte, 103 na Área Metropolitana do Porto, 111 no Litoral Centro, 168 na Área Metropolitana de Lisboa e 78 no Sul e Ilhas; 100 em aldeias, 168 em vilas e 333 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2016, com uma taxa de resposta de 83,2%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).


Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

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