Notícia
PSD admite chamar Costa à nova comissão de inquérito da Caixa
Em entrevista hoje divulgada no Público, Luís Montenegro admite chamar o primeiro-ministro à nova comissão de inquérito, salientando que o PSD "vai até ao fim".
23 de Fevereiro de 2017 às 08:35
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, admitiu em entrevista hoje ao jornal Público que "não exclui" chamar o primeiro-ministro, António Costa, caso avance uma nova comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
A intenção de criar uma segunda comissão de inquérito à CGD, surgiu depois de a esquerda parlamentar ter inviabilizado a análise das comunicações trocadas entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior presidente do banco público, António Domingues, para que este aceitasse dirigir a administração da Caixa.
Em entrevista hoje divulgada no Público, Luís Montenegro admite chamar o primeiro-ministro, António Costa, à nova comissão de inquérito, salientando que o PSD "vai até ao fim".
Ao Público, Luís Montenegro disse também que o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, "não tem poderes para travar o novo inquérito" e acusou-o de "parcialidade".
"Creio que não é necessário. O presidente da Assembleia da República não tem poder de inviabilizar esta comissão de inquérito", disse.
Na entrevista Luís Montenegro acusou também a maioria de estar a bloquear a oposição, considerando que "o que se está a acontecer no Parlamento é um escândalo democrático, com a anuência do primeiro-ministro e com a anuência dos seus acólitos, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, que criaram uma nova realidade dos 'donos disto tudo'.
Questionado sobre se o Presidente da República esteve a par do processo, o líder parlamentar do PSD disse que Marcelo Rebelo de Sousa "apurou tudo o que tinha sido o desenrolar do processo e que o ministro [Mário Centeno] só por razões ponderosas tinha ficado em funções".
"Não sei o conteúdo das conversas do Presidente com o primeiro-ministro. Nem sei a que informação teve acesso. Mas é público que houve um conselheiro de Estado que mostrou uns SMS ao Presidente. Como é público que foi o ministro das Finanças que os escreveu. Como eu não quero acreditar que o primeiro-ministro não tenha deles conhecimento... todos os órgãos sabem, menos o que tem competência de escrutinar o Governo, que é a AR", disse.
O líder parlamentar do PSD, refere na entrevista, que não via mal se o ministro das Finanças saísse agora do Governo.
"Por mim, nem estava lá Mário Centeno, nem o primeiro-ministro", refere.
A intenção de criar uma segunda comissão de inquérito à CGD, surgiu depois de a esquerda parlamentar ter inviabilizado a análise das comunicações trocadas entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior presidente do banco público, António Domingues, para que este aceitasse dirigir a administração da Caixa.
Ao Público, Luís Montenegro disse também que o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, "não tem poderes para travar o novo inquérito" e acusou-o de "parcialidade".
"Creio que não é necessário. O presidente da Assembleia da República não tem poder de inviabilizar esta comissão de inquérito", disse.
Na entrevista Luís Montenegro acusou também a maioria de estar a bloquear a oposição, considerando que "o que se está a acontecer no Parlamento é um escândalo democrático, com a anuência do primeiro-ministro e com a anuência dos seus acólitos, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, que criaram uma nova realidade dos 'donos disto tudo'.
Questionado sobre se o Presidente da República esteve a par do processo, o líder parlamentar do PSD disse que Marcelo Rebelo de Sousa "apurou tudo o que tinha sido o desenrolar do processo e que o ministro [Mário Centeno] só por razões ponderosas tinha ficado em funções".
"Não sei o conteúdo das conversas do Presidente com o primeiro-ministro. Nem sei a que informação teve acesso. Mas é público que houve um conselheiro de Estado que mostrou uns SMS ao Presidente. Como é público que foi o ministro das Finanças que os escreveu. Como eu não quero acreditar que o primeiro-ministro não tenha deles conhecimento... todos os órgãos sabem, menos o que tem competência de escrutinar o Governo, que é a AR", disse.
O líder parlamentar do PSD, refere na entrevista, que não via mal se o ministro das Finanças saísse agora do Governo.
"Por mim, nem estava lá Mário Centeno, nem o primeiro-ministro", refere.