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PS: “Este Governo continua num caminho inaceitável”
O PS criticou as possíveis alterações na forma de cálculo das actualizações das pensões, acusando o Governo de manter uma política de empobrecimento.
“Este Governo continua num caminho inaceitável”, de “empobrecimento do país, dos cidadãos e sobretudo dos pensionistas, dos funcionários públicos e daqueles que estão numa situação mais carenciada”, afirmou Alberto Martins em declarações aos jornalistas, transmitidas em directos pelas estações de televisão.
O Governo já encontrou a solução para cortar nas pensões de forma "duradoura" de 2015 em diante, de modo a substituir a contribuição extraordinária de solidariedade (CES). A ideia em cima da mesa é fazer depender o valor das pensões em pagamento de indicadores que reflictam a sustentabilidade do sistema de Segurança Social. Em anos de crescimento, com baixo desemprego, salários a subir e a cobrir os encargos com pensões, o valor das reformas poderá aumentar. Em períodos recessivos como o actual, as pensões sofrem um corte.
Alberto Martins acusa o Executivo de manter uma política de cortes e de violar o princípio da confiança, já que as pessoas tinham uma perspectiva e o Governo está constantemente a mudar as regras do jogo.
Questionado sobre se é possível implementar reformas, Alberto Martins admitiu que sim, mas desde que não empobreçam mais o país.
Já esta manhã, o dirigente socialista Miguel Laranjeiro tinha considerado que o novo modelo de cortes nas pensões em estudo pelo Governo é inaceitável e criticou o Executivo por tornar a vida dos reformados numa roleta russa.
"O Governo faz da vida dos reformados portugueses uma roleta russa", afirmou Miguel Laranjeiro em declarações à agência Lusa, lamentando a "instabilidade" e a "insegurança" que causa aos pensionistas "nunca saberem qual é a reforma do mês seguinte".