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Portugal já recebeu 445 refugiados

Esta quarta-feira chega ao país o grupo mais recente de deslocados, um total de 28. Ministro Adjunto diz que o processo de acolhimento de refugiados entrou em "fase cruzeiro" e que "praticamente todas as semanas" chegam grupos.

Reuters
29 de Junho de 2016 às 12:58
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Portugal recebe esta quarta-feira, 29 de Junho, um grupo de 28 refugiados recolocados, anunciou o ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita, segundo o qual o país poderá vir a acolher crianças afegãs não acompanhadas e pessoas da comunidade Yazidi.

A ser ouvido na Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na Assembleia da República, Eduardo Cabrita adiantou que o processo de acolhimento de refugiados recolocados entrou em "fase cruzeiro", revelando que "praticamente todas as semanas" têm chegado grupos de pessoas.

"Hoje chegam mais 28 sírios a partir da Grécia, em voo comercial, e esse tem sido o procedimento habitual nas últimas semanas", disse Eduardo Cabrita, acrescentando que Portugal tem consolidado a posição de segundo país a receber mais refugiados recolocados, a seguir à França.

De acordo com o ministro, contando com este grupo de 28 pessoas que chegam hoje, Portugal recebeu já 445 pessoas, que foram distribuídas por 103 municípios.

Eduardo Cabrita revelou igualmente que já chegaram os primeiros 12 refugiados vindos da Turquia ao abrigo do acordo feito entre este país e a União Europeia.

No âmbito da política nacional em matéria de refugiados, Eduardo Cabrita revelou que Portugal já manifestou disponibilidade para acolher crianças afegãs não acompanhadas, explicando que "foi sinalizada dificuldade para acolher estas crianças".

De acordo com o ministro, Portugal poderá acolher num primeiro momento algumas dezenas de crianças, mas a disponibilidade será de receber centenas de menores.

Por outro lado, adiantou que o Governo também manifestou formalmente disponibilidade para acolher membros da comunidade Yazidi, a partir da Grécia, apontando que se trata de uma comunidade perseguida e discriminada.

O ministro disse que não há, para já, uma data para a chegada destas pessoas, uma vez que os trabalhos ainda estão a decorrer.

Eduardo Cabrita aproveitou ainda para adiantar que começou a ser distribuído, desde há duas semanas, o novo manual de acolhimento para os refugiados, em inglês e árabe, estando em preparação o manual em inglês e tigrino, a língua falada pelos povos que habitam as zonas do norte da Etiópia e da Eritreia.
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