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Pires de Lima defende aliança entre CDS e PSD antes das eleições

Actualmente, este é um tema tabu para a coligação e a nove meses para as legislativas começa a ser cada vez mais relevante para os dois partidos definirem estratégias.

Bruno Simão/Negócios
23 de Janeiro de 2015 às 16:31
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Pires de Lima defende que o PSD e o CDS devem enfrentar as eleições legislativas juntos. Para o ministro da Economia, após vários anos juntos no Governo faz todo o sentido formar uma coligação pré-eleitoral entre os dois partidos.

 

"A opção mais natural após estarem quatro anos juntos no Governo, é que os sociais democratas e o CDS se juntem para as eleições com uma visão e um projecto para Portugal para os próximos anos", disse o ministro da Economia esta sexta-feira, 23 de Janeiro, em entrevista à Bloomberg.

 

No entanto, o dirigente centrista deixou claro que o CDS não está dependente do PSD e pode sempre concorrer sozinho às legislativas.

 

Actualmente, este é um tema tabu para a coligação e a nove meses para as legislativas começa a ser cada vez mais relevante para os dois partidos definirem estratégias.

 

Em Dezembro, foi Paulo Portas quem considerou que ainda era cedo para abordar este tema. "Estamos a terminar um ano político, não estamos a começar um novo ano político e a questão da coligação, como tem sido dito por ambos os partidos, será discutida no momento próprio, no momento que seja confortável para ambos", afirmou no Conselho Nacional do CDS-PP em Elvas, a 13 de Dezembro.

 

Recentemente, foi Passos Coelho a declarar que ainda não chegou a altura para os sociais democratas se sentarem à mesa com os centristas.

 

"Haverá um tempo em que o PSD e o CDS vão discutir o futuro. Não estou ansioso com isso. E é importante para todos nós que esse tempo seja respeitado, de modo a que o País possa dizer e expressar a sua vontade em relação a isso", disse o primeiro-ministro a 10 de Janeiro no Congresso do PSD Madeira.

 

Queda do euro é boa para as exportações 

 

Durante a entrevista à Bloomberg, Pires de Lima também abordou o anúncio pelo Banco Central Europeu (BCE) do programa de compra de dívida pública e privada.

 

A queda do euro face ao dólar, que se acentuou ontem e hoje devido à aprovação do programa de compra de dívida pública pelo BCE, é uma boa notícia para as empresas exportadoras nacionais.

 

"Especialmente nos sectores mais tradicionais, como a agricultura, vinhos, têxteis, calçado. Posso garantir que é muito diferente de competir quando o euro está a 1,5 dólares ou a 1,1 ou 1,2 dólares", apontou o ministro da Economia.

 

"É realmente um grande impulso para criar uma agenda de exportações mais dinâmica no Sul da Europa", sublinhou.

 

O euro recuou hoje 0,81% para 1,1274 dólares, e alcançou um mínimo desde Setembro de 2003. Esta desvalorização é uma boa notícia para os exportadores da Zona Euro.

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