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PCP: "Mesmo que se venha a verificar, será crescimento anémico"

O deputado do PCP Paulo Sá previu esta terça-feira que, mesmo que se venha a verificar o crescimento económico previsto pelo boletim económico de inverno do Banco de Portugal (BdP), o mesmo será "anémico" e sem impacto nos portugueses.

Bruno Simão/Negócios
10 de Dezembro de 2013 às 17:13
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"As previsões estão em linha com as apresentadas pelo Governo no Orçamento do Estado, mas não estão em linha com a realidade que é sentida e vivida diariamente pelos portugueses que, consequência da política da troika, empobrecem de forma acelerada", afirmou, nos Passos Perdidos do Parlamento.

 

O BdP voltou a melhorar as perspectivas para 2013, esperando uma contracção de 1,5% contra os -1,6% previstos no Outono, e previu um crescimento de 0,8% para 2014.

 

"Mesmo que este crescimento se venha a verificar, de 0,8%, é anémico e não compensa de forma alguma a queda do PIB em 2012 e 2013", frisou o parlamentar comunista.

 

O banco central português espera agora uma recessão de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima das perspectivas do Governo, que calcula uma contracção de 1,8%.

 

"Mesmo que esse crescimento económico se venha a verificar, e é um grande ´se', o país vive uma situação de tal forma estranha, com um Governo a impor medidas de austeridade que só empobrece a população, que não se irá traduzir de forma alguma na melhoria da qualidade e das condições de vida dos portugueses", continuou Paulo Sá.

 

O Governo foi revendo as suas previsões económicas para este ano: no Orçamento do Estado para 2013, antecipava uma recessão de apenas 1%, perspectiva que foi piorada para os -2,3% em maio e que foi depois revista para os -1,8%, o que significa que o executivo espera agora uma recessão mais profunda do que a estimada inicialmente.

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