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PCP fala em continuação da “política de empobrecimento”
O deputado comunista Paulo Sá afirma que o Governo mentiu quando afirmou que os cortes nos salários e pensões vigorariam apenas durante a vigência do programa de assistência financeira e instou os portugueses a lutar para “demitir este Governo”.
O Partido Comunista reagiu imediatamente após o anúncio das medidas presentes no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) apresentado esta quarta-feira pelo Governo. O deputado Paulo Sá começou por notar que este documento não representa "qualquer mudança política".
De seguida deixou uma questão à qual se prontificou, ele mesmo, a responder: "Qual é o futuro que o Governo oferece aos portugueses? É um futuro de empobrecimento", resumiu.
Para o deputado do PCP este "Governo mentiu de forma deliberada e o que propõe é a continuação desta política de cortes". "Novos cortes", acrescentou. Paulo Sá recordou que o Executivo liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho "afirmou de forma exaustiva que os
cortes seriam aplicados apenas no período de duração do programa da troika", o que acabou por não se verificar, concluiu.
"Mais uma vez o Governo mentiu", insistiu quando questionado sobre o aumento de 0,25 pontos percentuais da taxa mais elevada do IVA. "O Governo mantém o saque fiscal e propõe o agravamento do IVA", acrescentou o deputado comunista.
De acordo com a interpretação do PCP, na "realidade os cortes mantêm-se e até de forma agravada para os trabalhadores da função pública". O conjunto das interpretações do PCP levou Paulo Sá a exortar "aos portugueses que lutem para demitir este Governo e convocar eleições antecipadas".