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PCP quer mais apoios às empresas e reabertura de atividades culturais
O líder do PCP defende que o confinamento não pode ser uma medida permanente e pede a reabertura das atividades culturais e desportivas. As escolas e o SNS são outras preocupações.
O líder do PCP não concorda com um prolongamento do estado de emergência, pelo menos nos moldes que estão em vigor. Faltam respostas sociais, económicas e é preciso abrir as escolas, bem como as atividades culturais e desportivas.
Jerónimo de Sousa prefere uma estratégia de rastreio e testagem, "mas nunca uma sem a outra", e considera ainda essencial o reforço da rede de saúde pública direcionado aos "problemas estruturais" do setor, sobretudo através de compensações aos profissionais de saúde pelo "esforço titânico" que têm levado a cabo nos últimos meses.
Quanto à economia, o PCP alertou para a situação das micro, pequenas e médias empresas para quem "pode ser tarde de mais". O problema está na falta de apoios que salvaguardem a situação económica das empresas e que ajudem sobretudo a preservar os postos de trabalho que têm vindo a ser liquidados.
No ponto de vista do PCP, o atual estado de emergência está demasiado focado em medidas restritivas com o objetivo de controlar a pandemia. Estas medidas fazem com que esta não seja "uma solução duradoura", sem respeito pela situação económica e social do país. Esta deveria ser uma medida de exceção.
Prova disso é mesmo a força que o PCP fez esta tarde junto do Presidente da República para que seja permitida a reabertura das atividades culturais e desportivas, proibidas desde o início do novo estado de emergência.
O líder do Partido Comunista mostrou-se ainda solidário com as jovens famílias e com a situação dos pais em teletrabalho, que acumulam agora a função de cuidadores a tempo inteiro e trabalhadores.
Jerónimo de Sousa falou esta tarde aos jornalistas após a videoconferência que levou a cabo com Marcelo Rebelo de Sousa, a partir da Assembleia da República. O Presidente da República conclui hoje as audições com os partidos para a renovação do estado de emergência, sendo que o decreto deve seguir ainda hoje para a Assembleia da República.