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PCP e Verdes querem "ir mais longe" nos "avanços" e contrariar "travão" PS

Jerónimo de Sousa e Heloísa Apolónia coincidem na ideia de que é preciso aprofundar os avanços alcançados na legislatura em curso e que é preciso contrariar os bloqueios impostos pelos socialistas.

Mário Cruz/Lusa
28 de Janeiro de 2019 às 15:02
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O PCP e os "Verdes" reiteraram hoje a necessidade de "ir mais longe" na reposição dos direitos e rendimentos das pessoas, contrariando o "travão" do PS, sublinhando que o compromisso que têm é com os portugueses.

"Consideramos que o reforço da CDU [que junta comunistas e PEV] é determinante para que possamos promover políticas de qualidade de vida das pessoas e desenvolvimento do país. Nesta legislatura, ficou bem provado que sem as forças políticas que compõem a CDU muitos dos avanços e conquistas aprovadas na Assembleia da República não o teriam sido", afirmou a dirigente ecologista Heloísa Apolónia, em declarações aos jornalistas na sede de "Os Verdes", em Lisboa.

Segundo a deputada do PEV, que falava no final de uma reunião com o PCP sobre a situação política e as próximas eleições europeias, regionais da Madeira e legislativas, "o PS, sozinho, não o teria, decerto, feito".

"De resto, o PS constituiu-se muitas vezes nas negociações como uma barreira, um travão, a muitos desses avanços e foi precisa uma grande insistência. O PS, muitas vezes, constituiu-se como um travão por tomar uma opção de obsessão com o défice, trocando mais investimento necessário ao país por menos défice. Consideramos que era possível ter ido mais longe. Quanto mais força tiver a CDU, mais influência teremos para ir mais longe, justamente no sentido daquilo que as pessoas precisam", insistiu.

Também em declarações aos jornalistas no final do encontro com o PEV, o secretário-geral comunista , Jerónimo de Sousa, considerou que "saiu muito valorizada a intervenção e ação do PCP e do PEV, particularmente naquilo que foram os avanços no sentido da reposição e conquista de rendimentos e direitos dos trabalhadores e do povo portugueses" e que "foi possível, no balanço feito, verificar que valeu a pena ter participado neste processo".

"Aconteça o que acontecer, há uma questão que não alteraremos em termos de posicionamento: partimos para este processo assumindo um primeiro e principal compromisso, com os trabalhadores e o povo portugueses e não com o PS", afirmou.

O líder comunista sublinhou que "sempre que houve uma medida positiva, lá esteve o PCP".

"Quando o PS fez a opção de convergência, designadamente com o PSD, seja em relação à legislação laboral, o Banif ou a descentralização, lá estivemos contra o posicionamento do PS", disse.
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