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PCP diz que relatório do PS e BE sobre dívida redunda em "micro soluções"

O PCP considerou hoje que o relatório do grupo de trabalho formado por PS e BE sobre a dívida redundou em "micro soluções" que não resolvem o problema, reiterando a necessidade de renegociação de juros, prazos e montantes.

Miguel Baltazar
28 de Abril de 2017 às 13:37
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"Sem prejuízo da concretização das micro soluções hoje divulgadas, entendemos necessário um processo de renegociação da dívida nos seus juros, prazos e montantes que reduza os encargos anuais, libertando recursos de que o país precisa desesperadamente para o seu desenvolvimento económico e social", afirmou o deputado comunista Paulo Sá, no parlamento.

 

O documento de 80 páginas "Sustentabilidade das Dívidas Externa e Pública", que será ainda hoje formalmente apresentado por socialistas e bloquistas, propõe a reestruturação da dívida em 31%, para 91,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e pede ao Governo do PS "cenários concretos" de reestruturação para serem utilizados em discussões europeias.

 

"No essencial, as medidas hoje divulgadas correspondem às medidas conhecidas do PS, de opção por uma gestão corrente da dívida pública e de medidas que requerem a aprovação, a concordância, da União Europeia. Vimos, no passado, que essas ditas ajudas vêm sempre acompanhadas da imposição de medidas que levam ao empobrecimento e exploração dos trabalhadores e dos povos", continuou o parlamentar do PCP, lembrando o "programa da 'troika'" antes de insistir em "enfrentar" as instituições europeias.

 

Paulo Sá recordou que, "desde 2011, o PCP tem vindo a propor a renegociação da dívida nos juros, prazos e montantes".

 

"De então para cá, têm vindo a surgir várias posições - esta é mais uma - que não dão resposta ao problema essencial da insustentabilidade da dívida pública. Portugal continua hoje tão dependente dos mercados, da União Europeia e do Banco Central Europeu", lamentou.

 

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