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PCP alerta para risco de “interpretações abusivas” do estado de emergência
Numa declaração enviada aos meios de comunicação social, Vasco Cardoso, membro do comité central, diz também que as medidas para as pequenas e médias empresas são insuficientes.
Reafirmando o "distanciamento e reserva" quanto à declaração do estado de emergência, o PCP alerta para eventuais interpretações "abusivas" das restrições aprovadas, nomeadamente ao nível do direito de circulação.
Numa declaração em vídeo enviada às redações em jeito de comunicado, e portanto sem questões colocadas pelos jornalistas, Vasco Cardoso, membro do comité central, começa por reiterar que considera que a lei de bases da proteção civil e o sistema de vigilância em saúde pública já têm os "instrumentos necessários" para enfrentar esta situação excecional.
"É neste quadro que o PCP não pode deixar de alertar para a possibilidade de interpretações abusivas" que "a pretexto do Estado de emergência se possam vir a manifestar, designadamente a propósito do direito de circulação".
Medidas para pequenas e médias empresas são insuficientes
Por outro lado, o PCP considera que as medidas anunciadas para micro, pequenas e médias empresas são ainda "insuficientes e limitadas". Na véspera de mais um Conselho de Ministros sobre o assunto, o PCP pede urgência na "adoção de medidas que travem a degradação no plano económico".
"O caráter insuficiente e limitado das medidas anunciadas até ao momento pelo Governo mostram a necessidade" de "adotar de forma urgente medidas visando a dinamização da produção nacional, com destaque para medicamentos e material clínico.
Preocupado com a "vaga de ilegalidades e arbitrariedades", incluindo despedimentos, o PCP "exige também que de forma urgente se alargue a proteção social", se impeça a especulação de preços, se impeçam os despejos e se assegure fornecimento de energia elétrica, água, gás e telecomunicações.