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Paulo Macedo não é o regresso à partidarização da Caixa, garante ministro

"Obviamente que sim", que a gestão do processo da Caixa podia ter recorrido melhor, mas "nem sempre tudo corre de acordo com o plano”, admite Vieira da Silva em entrevista à Antena 1, onde recusa que a escolha de Paulo Macedo represente um risco de partidarização.

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Negócios 15 de Dezembro de 2016 às 11:49
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José António Vieira da Silva reconhece que o processo da Caixa Geral de Depósitos podia ter corrido melhor – "obviamente que sim" - mas recusa que a escolha de um ex-ministro do PSD/CDS seja um mal menor e um regresso à partidarização da gestão do banco público. Numa entrevista concedida à Antena 1, numa altura em que se esgotam os prazos para a definição do salário mínimo em 2017, o ministro da Segurança Social escusou-se a falar sobre o tema.

 

Questionado pelo jornalista sobre como é possível que um Governo com uma equipa de políticos experientes tenha acabado por ver-se na contingência de convidar um ex-ministro da direita para a liderança do banco público, Vieira da Silva respondeu que "não creio, sinceramente, independentemente das divergências que possa ter tido com Paulo Macedo [no passado, enquanto ministro da Saúde] que a escolha dessa personalidade para a gestão da Caixa seja um recuo na partidarização". "O papel que Paulo Macedo vai exercer, não creio que seja um regresso a isso [a partidarização]", afirmou o governante.

 

Vieira da Silva garante que o passado político de Paulo Macedo não o preocupa e argumenta que "poucas pessoas em Portugal que conheçam o perfil do futuro dirigente da CGD questionam que ele tenha a capacidade de dirigir um banco público".

 

Sobre a gestão do processo propriamente dito recorda que é "complexo e exigente, do ponto de vista interno e externo" mas concede que "podia ter corrido melhor". "Obviamente que sim", mas "nem sempre tudo corre de acordo com o plano".

"Há salários muito baixo no nosso País"

A 15 dias do início de um novo ano e com o valor do salário mínimo ainda em aberto, Vieira da Silva recusou-se a falar das negociações em curso porque anos de experiência lhe ensinaram que a "a prudência e a sobriedade quando estamos num momento negocial é uma condição muito próxima de ser decisiva para o sucesso da negociação".

O Governo propôs a fixação do salário mínimo nos 557 euros, por entender que "há salários muito baixos no nosso País" e que o SMN é, em si, também muito baixo, e pelo facto de, até agora, não terem surgido evidências de que o aumento da remuneração mínima tenha afectado a criação de emprego.

A margem de manobra do Governo está condicionada pelos parceiros de esquerda, que não estão dispostos a recuar um euro neste montante mas os patrões têm garantido, até agora, que nunca aceitarão este valor. Para este ano, para ultrapassar o impasse, o Governo resolveu subsidiar parte da subida do SMN com dinheiros públicos mas a solução não agradou à CGTP. Vieira da Silva não diz se admite voltar a colocar esta solução em cima da mesa, para resolver o impasse, arriscando uma demarcação da central sindical. 


À reivindicação da CGTP, que quer que o Governo desmanche a caducidade das convenções colectivas quando patrões e sindicatos não chegam a acordo, o ministro do Trabalho responde que não acredita que "a questão da caducidade seja a responsável por todos os males" do desequilibrio nas relações laborais a que se assistiu nos últimos anos, a favor dos patrões. 

Na mesma entrevista, Vieira da Silva diz que não se pode estar sempre à espera de eleições na Europa. É preciso ultrapassar "a paralisia" para além da dívida e resolver o crescimento rápido.


Vieira da Silva: "não se pode estar sempre à espera de eleições na Europa"
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Vieira da Silva, em entrevista à Antena1, diz que não se pode estar sempre à espera de eleições na Europa. É preciso ultrapassar "a paralisia" para além da dívida e resolver o crescimento rápido.
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