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Passos Coelho garante que o Governo “nunca fará dos portugueses cobaias”

Primeiro-ministro faz um balanço positivo dos quatro anos de legislatura do Governo. A estratégia de rigor “foi a mais acertada” e já se vêem os resultados desse caminho, defende. E é essa estratégia que permite que o PS faça as propostas que estão no programa eleitoral.

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O balanço que Passos Coelho trouxe esta quarta-feira à tarde ao Parlamento, no debate do Estado da Nação, é claramente positivo. O primeiro-ministro lembra que, se no início a discussão se concentrava no "crescimento do desemprego, tumulto financeiro, insegurança das poupanças" ou "desaparecimento de empresas e sectores de actividade", agora, o debate é distinto. "A discussão bem diferente agora é: quanto é que a economia vai crescer? Qual o ritmo de descida do desemprego?".

 

Isso prova, para o primeiro-ministro, que "a estratégia que seguimos", de "rigor, crescimento e credibilidade foi a mais acertada". Não "segundo critérios partidários" ou "cartilhas ideológicas"; foi "a estratégia mais acertada para proteger os portugueses nas suas vidas quotidianas". "Foi a estratégia mais acertada para devolver aos portugueses um horizonte de mais prosperidade, de mais equidade e justiça", garantiu.

 

Passos Coelho admite que não foram resolvidos todos os problemas. Mas graças ao "maior programa de reformas estruturais da nossa história democrática" foi possível tornar o Estado "numa instância de imparcialidade e não num instrumento para favorecer este ou aquele negócio". A economia passou "de enormes e crónicos défices externos para excedentes com o estrangeiro".

 

Ainda é preciso continuar a criar emprego. "Todos os anos daqui para a frente teremos de criar muitos mais" postos de trabalho, "com qualificações e mais bem remunerados".

 

Disciplina ajudou propostas do PS, diz Passos

 

Ainda assim, recorda Passos, foi o caminho escolhido pelo Governo que permitiu ao PS apresentar as propostas que apresentou. "Foi essa combinação de disciplina nas contas e crescimento económico que agora permite, à beira de eleições, que alguns prometam realizar essas reposições a um ritmo ligeiramente mais rápido" do que aquele que propõe o Governo.

 

Mas, garante o primeiro-ministro, o Governo não seguirá esse caminho. "Da nossa parte, nunca faremos dos portugueses cobaias de experiências políticas nem instrumentos para obter este ou aquele pergaminho", afirmou, numa aparente alusão às propostas do PS para a Segurança Social.

 

Quanto à Grécia, Passos Coelho sustenta que a "desorientação política continua a ser uma ameaça colectiva para nós". "Na Europa e no mundo enfrentamos inúmeras incógnitas e incertezas"; por isso, "o pior que se pode fazer nessas circunstâncias é somarmos a elas a nossa própria incerteza e desorientação".

 

Passos Coelho defendeu que a criação de um Fundo Monetário Europeu, que o próprio propôs, é essencial para estabilizar e dar garantias à Zona Euro.

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