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Passos defende reforço da cooperação no combate ao terrorismo
O primeiro-ministro português considerou que é urgente encontrar respostas conjuntas mais eficazes no combate ao terrorismo e que isso implica um reforço da cooperação no plano da União Europeia e a nível internacional.
Pedro Passos Coelho defendeu esta posição numa sessão de homenagem às vítimas dos atentados de sexta-feira em Paris, realizada nos jardins da sua residência oficial, em Lisboa, durante a qual, ao meio dia em ponto, se fez um minuto de silêncio.
Estiveram presentes nesta cerimónia os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia em Lisboa e também o ex-presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que hoje de manhã foi recebido pelo primeiro-ministro português.
"É urgente encontrar respostas conjuntas cada vez mais eficazes no combate ao terrorismo, o que implica, desde logo, uma melhor e mais reforçada cooperação em vários domínios entre todos os Estados-membros", declarou Passos Coelho, numa intervenção de cerca de três minutos.
Segundo o chefe do executivo PSD/CDS-PP, "tal deverá acontecer não só no plano da União Europeia, mas igualmente ao nível internacional, uma vez que se trata de um fenómeno complexo e que não conhece fronteiras".
Passos Coelho disse que Portugal recentemente deu "passos importantes" que fortaleceram a "capacidade de detenção, avaliação e resposta às ameaças", acrescentando: "E não deixaremos de agir, com determinação, caso tal se justifique".
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que ocorreram em vários locais da capital francesa e causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
Na sua curta intervenção, Passos Coelho afirmou que "este é um momento de luto para todos os povos europeus".
"A nossa sociedade é uma sociedade tolerante, que preza a paz e o salutar convívio entre todos. Os pilares do nosso projecto europeu são esses mesmos e não podemos, nem queremos, deles abdicar", prosseguiu o primeiro-ministro português.
"Os hediondos ataques terroristas perpetrados em França não nos podem afastar deste nosso ideal comum de edificação de uma sociedade mais estável, mais desenvolvida, mais próspera e mais humana. Devem, pelo contrário, dar-nos mais força para cumprirmos com tenacidade esta nossa tarefa comum, esta nossa responsabilidade comum", advogou.
Antes, falando em português, o embaixador de França em Lisboa, Jean-François Blarel, apontou a solidariedade como "um dos alicerces da União Europeia" e agradeceu a realização desta sessão de homenagem às vítimas dos atentados de Paris: "Muito, muito obrigado".
"Este momento, ao qual quis associar todos os representantes dos Estados-membros da União Europeia e das instituições europeias, marca isso mesmo: a nossa solidariedade, o nosso incondicional apoio ao povo francês e a nossa rejeição ao ódio e ao terror", reforçou Passos Coelho, em seguida.
O primeiro-ministro português deixou hoje "uma palavra de pesar" às famílias das vítimas portuguesas dos atentados de sexta-feira em Paris, e "uma palavra de forte alento" à comunidade portuguesa em França.
Pedro Passos Coelho falava numa sessão de homenagem às vítimas dos atentados de sexta-feira em Paris, realizada nos jardins da sua residência oficial, em Lisboa, durante a qual, ao meio dia em ponto, se fez um minuto de silêncio.
"Quero, igualmente, deixar uma palavra de pesar às famílias das vítimas portuguesas, a quem, de resto, também enviei mensagem de condolências, e uma palavra de forte alento à nossa grande comunidade residente em França", afirmou o chefe do executivo PSD/CDS-PP.
"Os nossos pensamentos estão também com os nossos compatriotas, neste trágico momento que a todos repugna e afecta. Quero que saibam que terão sempre o nosso apoio", acrescentou.
Estiveram presentes nesta cerimónia os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia em Lisboa e também o ex-presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que hoje de manhã foi recebido pelo primeiro-ministro português.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse hoje à Lusa que, até agora, está confirmada a morte de dois portugueses: um homem, de 63 anos, vítima do atentado ocorrido junto ao Estádio de França, e uma mulher, luso-descendente, nascida em França em 1980, que estava na sala de concertos Bataclan.
(notícia em actualização)