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Passos pede que não se doure "a pílula" para evitar repetir "histórias complicadas"  

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que os políticos devem ser responsáveis e "não dourar a pílula" sobre a situação económica portuguesa, sob pena de se repetirem "histórias complicadas" que Portugal viveu num passado recente.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
24 de Janeiro de 2017 às 19:00
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"Julgo que os portugueses não perdoariam se os políticos não tivessem maturidade suficiente para lhes pouparem histórias tão complicadas por aquelas que passámos no passado recente", defendeu o líder do PSD, num colóquio organizado pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ).

 

Questionado sobre o problema da elevada dívida portuguesa, Passos sublinhou que a capacidade de o país ir buscar dinheiro ao mercado, no passado "muito barato", revelou-se "uma armadilha muito grande", de que hoje é difícil sair "de forma indolor".

 

"Desconfiem quando aparecer alguém a dizer que tem uma óptima solução, que não custa a ninguém porque isso é uma espécie de milagre", afirmou.

 

Admitindo que os portugueses podem estar cansados de ouvir falar destes problemas, depois de vários anos de crise, Pedro Passos Coelho considerou, contudo, que seria "um erro trágico" pensar que esse problema não existe.

 

"Isso exige que os políticos tenham responsabilidade, não andem a maçar as pessoas desnecessariamente, mas não andem a dourar tanto a pílula que as pessoas pensem que o céu continua a ser o limite", alertou, considerando inviável em Portugal um modelo económico em que os depósitos e a poupança baixem e o consumo continue a aumentar.

 

"Esse é um modelo falido -- se insistirmos nele daremos razões às pessoas para se maçarem outra vez com coisas que não gostaríamos que acontecessem", disse.

 

Ainda assim, considerou, o problema da dívida portuguesa, sendo pesado, "não é insustentável".

 

"Eu diria que é tão mais insustentável quanto mais crescerem as vozes a achar que é muito mais fácil não pagar do que pagá-la", alertou.

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