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Partidos aquecem motores para a campanha com ataques entre si

Os partidos aproveitaram eventos com militantes este domingo - véspera do arranque oficial da campanha para as eleições europeias - para endurecerem os ataques entre si.

Nuno Melo (CDS)
12 de Maio de 2019 às 17:28
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Na véspera do arranque oficial da campanha para as eleições europeias, os partidos endureceram os ataques entre si, marcando o tom do que serão as próximas duas semanas até à votação de 26 de maio. E com as legislativas de outubro já no horizonte, PSD e CDS apontam armas ao Partido Socialista, apelando aos eleitores que aproveitem a votação para passar um cartão vermelho ao Governo de António Costa.

Num almoço com militantes, o cabeça de lista do CDS às europeias, Nuno Melo, disse mesmo que o primeiro-ministro "é o verdadeiro candidato do PS" às eleições, remetendo Pedro Marques para um papel "formal".

Nuno Melo acusou o PS e o Governo de não terem o "património das contas certas", mas sim o "património do calote", citando a notícia da ameaça da Altice de cortar o SIRESP devido a uma dívida de 11 milhões de euros. "Pede-se, contrata-se e não se paga", afirmou o eurodeputado e de novo primeiro na lista, apontando aos socialistas.

 

Além desse, os socialistas têm "o património das intervenções da FMI, já lá vão três", reclamando para a direita "o património das contas certas".

 

Aos simpatizantes, o eurodeputado afirmou que o CDS "é a única escolha de quem é de direita", da "direita democrática", lembrou que o PSD se tem reclamado do centro, o seu líder, Rui Rio, do "centro-esquerda" e já fez três acordos com o PS.

 

António Costa também esteve no centro do discurso do cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, que, num almoço em Vila do Conde, este domingo, acusou hoje o primeiro-ministro de apenas apostar nas políticas que "dão votos e ficam no olho", e pediu um "cartão amarelo fortíssimo" ao Governo no dia 26 de maio.

"Há aqui um traço comum e esse traço é o traço de Costa: só governa e só toma medidas para aquilo que pode dar votos e não olha para as pequenas políticas que põem a administração pública a funcionar a fazem as grandes mudanças", afirmou.

 

O cabeça de lista do PSD às europeias defendeu que as eleições de 26 de maio serão, por isso, uma "grande oportunidade não só de escolher a melhor lista, como dar um cartão amarelo fortíssimo a António Costa.

 

A estas críticas, Pedro Marques contrapôs a acusação de que Paulo Rangel é "um candidato fake" ao Parlamento Europeu, dizendo que não se conhece dele uma única medida favorável a Portugal.

 

"Paulo Rangel é um candidato 'fake'. É um deputado que fez um relatório legislativo em cinco anos no Parlamento Europeu. Em 10 anos no Parlamento Europeu, não lhe conhecemos nenhum trabalho relevante para Portugal, uma medida ou uma ação que tenha melhorado a vida dos portugueses", afirmou.

 

Segundo Pedro Marques, como Paulo Rangel "tem invocado os muitos cargos que tem no PPE (Partido Popular Europeu), então será bom explicar qual a razão por que não conseguiu influenciar a sua família política europeia quando foram pedidas sanções com força máxima contra Portugal".

 

"Essa direita europeia tem de ser sancionada nas urnas", concluiu.

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