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PAN: André Silva deixa apelo para que partido se mantenha fora "do sistema"
O porta-voz, que deixa a liderança do partido, considerou que "o PAN vai continuar a fazer a diferença na sociedade e na política", pois "conserva todas as condições para continuar a afirmar-se como um partido diferenciador, autónomo, progressista e que não se deixa condicionar pela dicotomia simplista e redutora de esquerda/direita".
05 de Junho de 2021 às 13:30
O porta-voz cessante do PAN, André Silva, defendeu hoje que as causas do partido são "maiores do que qualquer gaveta ideológica e do que qualquer pessoa" e recusou que o partido se torne "do sistema" ou "se institucionalize".
"É importante que o PAN mantenha uma atitude que, sendo construtiva, não se deixa acantonar à esquerda ou à direita, e não renuncia à sua autonomia para agradar a pretensos patrões políticos. É importante que o PAN, enquanto partido de charneira, continue a ser capaz de construir pontes para conseguir avanços nas causas, que não se transforme num partido do sistema, que não se institucionalize, ou seja, que não normalize o discurso, que não corrompa as suas linhas programáticas adoçando-as", defendeu.
O porta-voz, que deixa a liderança do partido, considerou também que "o PAN vai continuar a fazer a diferença na sociedade e na política", pois "conserva todas as condições para continuar a afirmar-se como um partido diferenciador, autónomo, progressista e que não se deixa condicionar pela dicotomia simplista e redutora de esquerda/direita".
"As causas do PAN são transversais a toda a sociedade e são maiores do que qualquer gaveta ideológica e do que qualquer pessoa ou projeto pessoal. O PAN vai continuar a ser um farol de progressismo e a esperança dos descrentes na política tradicional, com um cunho ativista, com propostas disruptivas mas que traduzem o espírito de um projeto político digno do século XXI", sustentou, advogando também que o partido "tem condições para continuar o caminho de sucesso que teve até aqui, uma vez que tem um coletivo partidário forte e com amplo espaço de intervenção assegurado por eleitos em diversos níveis de poder".
No seu discurso na abertura do VIII Congresso do PAN, que decorre em Tomar, no distrito de Santarém, o líder indicou que deixa hoje todos os cargos de direção partidária e renuncia ao mandato de deputado, regressando à "condição de filiado de base", decisão que anunciou em março.
Deixando "um profundo agradecimento dirigido a cada uma das pessoas que constitui este maravilhoso e promissor coletivo pelos incríveis últimos sete anos" da sua liderança, o porta-voz afirmou que viveu "intensamente os desígnios do PAN" e procurou "dar o máximo" da "forma que melhor soube".
"Procurei aprender com os erros cometidos. Chegou a hora de mudar de vida não só para aproveitar em pleno tudo aquilo de que abdiquei a nível pessoal nestes anos, mas também porque sou um convicto defensor do princípio da limitação de mandatos e entendo que numa democracia saudável as pessoas não devem eternizar-se nos cargos políticos, devendo dar oportunidade a outras pessoas", afirmou. E garantiu que continuará, "ainda que de um modo diferente", na "linha da frente na defesa" do PAN.
André Silva salientou também que o PAN afirmou-se "a navegar no mar da controvérsia" e considerou que o partido vai consolidar-se "a usar a força do preconceito e dos interesses dos adversários".
"Onde estão as vozes que diziam que só nos preocupávamos com os animais? Estão silenciadas, porque a nossa obra fala mais alto", frisou, depois de destacar as conquistas do partido nos últimos anos.
No final da intervenção, André Silva foi aplaudido de pé pelos delegados, enquanto gritavam "viva o PAN".
"É importante que o PAN mantenha uma atitude que, sendo construtiva, não se deixa acantonar à esquerda ou à direita, e não renuncia à sua autonomia para agradar a pretensos patrões políticos. É importante que o PAN, enquanto partido de charneira, continue a ser capaz de construir pontes para conseguir avanços nas causas, que não se transforme num partido do sistema, que não se institucionalize, ou seja, que não normalize o discurso, que não corrompa as suas linhas programáticas adoçando-as", defendeu.
"As causas do PAN são transversais a toda a sociedade e são maiores do que qualquer gaveta ideológica e do que qualquer pessoa ou projeto pessoal. O PAN vai continuar a ser um farol de progressismo e a esperança dos descrentes na política tradicional, com um cunho ativista, com propostas disruptivas mas que traduzem o espírito de um projeto político digno do século XXI", sustentou, advogando também que o partido "tem condições para continuar o caminho de sucesso que teve até aqui, uma vez que tem um coletivo partidário forte e com amplo espaço de intervenção assegurado por eleitos em diversos níveis de poder".
No seu discurso na abertura do VIII Congresso do PAN, que decorre em Tomar, no distrito de Santarém, o líder indicou que deixa hoje todos os cargos de direção partidária e renuncia ao mandato de deputado, regressando à "condição de filiado de base", decisão que anunciou em março.
Deixando "um profundo agradecimento dirigido a cada uma das pessoas que constitui este maravilhoso e promissor coletivo pelos incríveis últimos sete anos" da sua liderança, o porta-voz afirmou que viveu "intensamente os desígnios do PAN" e procurou "dar o máximo" da "forma que melhor soube".
"Procurei aprender com os erros cometidos. Chegou a hora de mudar de vida não só para aproveitar em pleno tudo aquilo de que abdiquei a nível pessoal nestes anos, mas também porque sou um convicto defensor do princípio da limitação de mandatos e entendo que numa democracia saudável as pessoas não devem eternizar-se nos cargos políticos, devendo dar oportunidade a outras pessoas", afirmou. E garantiu que continuará, "ainda que de um modo diferente", na "linha da frente na defesa" do PAN.
André Silva salientou também que o PAN afirmou-se "a navegar no mar da controvérsia" e considerou que o partido vai consolidar-se "a usar a força do preconceito e dos interesses dos adversários".
"Onde estão as vozes que diziam que só nos preocupávamos com os animais? Estão silenciadas, porque a nossa obra fala mais alto", frisou, depois de destacar as conquistas do partido nos últimos anos.
No final da intervenção, André Silva foi aplaudido de pé pelos delegados, enquanto gritavam "viva o PAN".