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Nuno Melo: "Acusar Portugal e Espanha de quererem derrubar o Governo grego do Syriza entra no domínio da alucinação"

O eurodeputado do CDS Nuno Melo acusa Alexis Tsipras de ficcionar adversários externos de forma a "tentar resolver a contestação que já tem na rua" e dentro do seu próprio partido.

Sara Matos/Negócios
Negócios 01 de Março de 2015 às 18:56
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Nuno Melo, eurodeputado do CDS reagiu, através do Facebook, às acusações de Alexis Tsipras sobre Portugal e Espanha terem liderado "um eixo de poderes" que "tentou levar a Grécia para o abismo" durante as negociações que antecederam o acordo que deu à Grécia mais quatro meses.

 

Num "post" intitulado "Syrizisses", Nuno Melo considera que "acusar Portugal e Espanha de quererem derrubar o Governo grego do Syriza, como fez Alexis Tsipras, entra no domínio da alucinação."

 

O eurodeputado centrista realça que as acusações do primeiro-ministro grego "não são suportadas por um único facto que seja", salientando que Portugal, tal como todos os países que compõem o Eurogrupo, votaram "solidariamente o acordo" que concede à Grécia mais quatro meses. "Nessa medida, as declarações de Tsipras só podem interpretar-se como próprias de quem não separa considerações partidárias e ideológicas, das responsabilidades do Governo."

 

Nuno Melo deixa ainda duras críticas à postura que o "líder do Syriza" tem adoptado, considerando que Alexis Tsipras "ainda não foi capaz de perceber a diferença entre o Conselho Europeu e uma qualquer IV Internacional, que é como quem diz, a diferença entre o sentido de Estado e a beligerância panfletária."

 

"Ficcionando adversários externos, Tsipras pode tentar resolver a contestação que já tem na rua e sente no interior do Syryza. Não resolve é os problemas da Grécia", acrescenta.


E, como conclusão, Nuno Melo realçou ainda que Portugal "foi solidário, emprestando apesar de todas as dificuldades 1.100 milhões de euros à Grécia, que ainda não estão pagos", sabendo que "a Grécia governada por Andreas Papandreou, exigiu em 1985 2.000 milhões de dólares à CEE, para levantar o veto da adesão de Portugal."

 

Em causa estão as declarações do líder do Executivo helénico proferidas no sábado, numa reunião do comité central do seu partido. "Deparámo-nos com um eixo de poderes, liderado pelos governos de Espanha e de Portugal que, por motivos políticos óbvios, tentou levar a Grécia para o abismo durante todas as negociações",disse Tsipras no sábado, 28 de Fevereiro.

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