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Número de isolados no dia das eleições deverá ser superior ao esperado

Com o pico de novas infeções a chegar mais tarde, o número de isolados no dia das eleições deverá ser mais alto do que os 310 mil aos 724 mil inicialmente projetados pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge. Todos estão autorizados a sair para votar.

Lusa
24 de Janeiro de 2022 às 11:53
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Com o pico de novas infeções a chegar mais tarde do que o esperado, o número de isolados no dia das eleições, a 30 de janeiro, deverá ser superior ao inicialmente estimado, admite o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em declarações ao i.

Inicialmente, o INSA previa que o pico chegasse entre a segunda e a terceira semana de janeiro, mas os dados mostram que até sexta-feira o número continuou a subir.

As primeiras projeções apontavam para 3% a 7% da população portuguesa infetada ou em isolamento a 30 de janeiro, o que de acordo com os últimos dados dos Censos apontava para entre 310 mil e 724 mil pessoas.

Contudo, de acordo com o último boletim da DGS, há 489,8 mil casos ativos e 478,9 mil casos em vigilância, o que indica um total de 969 mil pessoas doentes ou isoladas devido à covid-19.

"Por esta altura, podemos dizer que é provável que o pico de casos seja atingido mais tarde do que o esperado e, por consequência, a percentagem de isolados a 30 de janeiro seja superior aos valores que projetámos", indicou ao jornal i o epidemiologista Baltazar Nunes, do INSA.

Ou seja, superior ao intervalo de entre 310 mil a 724 mil pessoas.

Na semana passada o Governo aprovou uma resolução que prevê que os doentes com covid-19, os infetados com sars-cov-2 e os cidadãos a quem tenha sido determinada a "vigilância ativa" se possam excecionalmente deslocar para ir votar no próximo domingo, "preferencialmente entre as 18:00 horas e as 19:00 horas".

A resolução indica que a deslocação deve ser feita "
exclusivamente para efeitos de exercício do direito de voto na eleição da Assembleia da República, devendo fazê-lo em cumprimento das medidas sanitárias e de saúde pública".


A subida do número de isolados, que se aproxima de um milhão de pessoas, regista-se apesar das decisões que no início do mês restringiram a atribuição e duração dos isolamentos.

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