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Novo Governo diz que mudança de ministérios para a CGD "não estava preparada"

Na conferência de imprensa do novo Governo depois do primeiro Conselho de Ministros, o ministro da Presidência acusou o anterior executivo de não ter nada preparado para a mudança de ministérios para a sede da Caixa Geral de Depósitos.

03 de Abril de 2024 às 13:03
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O novo Governo liderado por Luís Montenegro acusou o anterior Executivo de não ter preparada a transferência de ministérios para a sede da Caixa Geral de Depósitos, sugerindo que pouco ou nada foi feito.

"A mudança não estava preparada e, portanto, este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito", declarou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo.

O processo de transferência dos ministérios tinha sido iniciado há quase três anos, mas derrapou por diversas vezes o calendário de concretização. E, pela avaliação feita pelo novo Governo, não há ainda condições para que tal aconteça.

"Nem o edifício, nem a transferência estava em condições para o Governo estar operacional", afirmou o ministro da Presidência. Dando um exemplo concreto: "O conselho de ministros foi realizado aqui e por exemplo, a sala onde foi realizado na semana passada [ainda pelo anterior Executivo] é uma sala de reuniões da Caixa Geral de Depósitos", sugerindo que o processo para ali instalar o centro operacional ainda está muito atrasado.


Tal como o Negócios noticiou, ainda antes da tomada de posse, o PSD disse que "não tem nada contra a transferência". 

A instalação de todos os ministérios e ainda de alguns órgãos da administração pública começou a ser negociada em 2021 e prevê a libertação dos 90 mil metros quadrados de área do edifício onde trabalham cerca de 2.500 funcionários dos serviços centrais do banco. Daquela área, cerca de 3 mil metros quadrados já estão ocupados por gabinetes de organismos públicos.

Avaliado em cerca de 360 milhões de euros, o edifício sede da Caixa Geral de Depósitos foi entregue ao Estado pela instituição financeira na forma de dividendos.

A mudança representará um encaixe líquido para os cofres públicos, dado que o custo em obras de adaptação de 40 milhões de euros fica muito aquém daquele valor. A despesa já foi validada pelo Tribunal de Contas.

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Com Filomena Lança e Hugo Neutel

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