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"Não vemos estes 45 anos como obra perfeita. Desejamos muito mais e melhor", diz Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa dedicou o seu discurso aos jovens de 1974 e aos de hoje para dizer que é preciso mais ambição para chegar à "obra perfeita" da democracia.

Lusa
25 de Abril de 2019 às 12:35
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que os jovens de 1974 não veem a democracia de hoje como uma "obra perfeita" e que os jovens de hoje querem "mais ambição".

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa começou por fazer uma alusão aos que eram jovens, em 1974. "Dir-se-ia que foi ontem, mas já passaram 45 anos", lembrou. 

"Não vemos estes 45 anos como obra perfeita, completa, acabada. Que nos deixe realizados, deslumbrados. Desejamos muito mais e muito melhor", afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no discurso na sessão solene de comemoração da revolução de 25 de abril de 1974.

"Mas reconhecemos que valeu a pena o passo fundador, o 25 de abril", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, falando sobre si próprio como um dos milhares de jovens do início de 1970 que esperava pela liberdade.

 

Para esses jovens de 1974, os objetivos eram a paz em África e a descolonização, a democracia no país e o desenvolvimento económico e social no curto prazo, descreveu.

 

Depois, o chefe de Estado direcionou o seu discurso para os jovens de hoje: "O que pensam, o que sentem, o que querem os jovens de 2019?", questionou.

Para Marcelo, a "participação diversa, mais digital, mais inquieta" dos jovens é "um apelo" para a democracia. E os políticos "valem mesmo muito pouco se não forem mais rápidos na educação, saúde e solidariedade social", considerou.
 

O desafio dos jovens de hoje, considerou o Presidente, "é muito mais global, complexo e exigente, tanto nos fatores como o prazo". 

 

Os jovens querem "mais ambição na democracia, na coesão, na era digital, na luta por um mundo sustentável". Isto com a "economia a crescer, o endividamento a diminuir e a justiça no repartir" e "tudo sem excluir ninguém".

 

"Parece um programa impossível? Talvez, mas a história faz-se sempre de programas, ideais e sonhos impossíveis. Porque haveriam de ser as gerações de hoje as primeiras a renunciar a construir o impossível?", questionou.

(Notícia atualizada às 12:50 com mais informação)

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