Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Montenegro: Se PS e Chega "quiserem governar em vez do governo têm de se juntar a sério"

Primeiro-ministro e líder do PSD desafia Pedro Nuno Santos e André Ventura a clarificarem na campanha para as Europeias a política de alianças, pegando na aproximação dos dois partidos para aprovar a descida do IRS.

Manuel Fernando Araújo/Lusa
Negócios jng@negocios.pt 28 de Abril de 2024 às 14:44
O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou este domingo que se PS e Chega "quiserem governar em vez do governo têm de se juntar a sério".

Pegando na votação das propostas de descida do IRS no parlamento nacional, que foi atirada para a especialidade e que deverá levantar discussão sobre a despesa que implica e o uso de uma norma-travão, Montenegro afirmou na Curia que torna-se claro na discussão na Assembleia da República o "sinal" de que "PS e Chega querem aprovar uma descida do IRS no Parlamento diferente da do Governo"

"Isso é governar, é substituir-se ao governo", enfatizou o também líder da Aliança Democrática, que concorre em nova coligação às europeias. Por isso, Montenegro foi taxativo: "se quiserem governar em vez do governo têm de se juntar a sério".

O primeiro-ministro afirmou ainda, na apresentação dos candidatos às eleições europeias, que esta "é uma oportunidade de todos mostrarmos a nossa coerência e o que verdadeiramente queremos para o país".

"Fui fustigado para dizer a política de alianças que tinha para o país. Respondi e cumpri", começou por dizer Luís Montenegro, referindo depois "nunca ter ouvido o líder do PS e do Chega a dizerem que iam legislar em conjunto na Assembleia da República"- "Portanto, aproveitem agora para deixar isso claro na campanha" para o Parlamento Europeu, insistiu em declarações transmitidas pela RTP.

Na semana passada, uma aliança no parlamento entre PS e Chega deixou em suspenso a proposta da AD de descida do IRS. Isto depois de a 
combinação dos votos do PS — a favor — e do Chega — abstenção — ter permitido a aprovação na generalidade de propostas feitas pelo Bloco de Esquerda e PCP que vão mais longe do que as reduções de taxas defendidas pelo Governo e pelo maior partido da oposição.

A expectativa do Executivo de Luís Montengro era de que os socialistas alinhariam com o PSD e CDS na descida de todas as propostas de mudanças nas taxas de IRS à especialicidade sem votação, o que não aconteceu.


A defesa de Sebastião Bugalho, cabeça-de-lista da AD
Luís Montenegro fez também a defesa da escolha de Sebastião Bugalho, jovem jornalista e comentador televisivo de 29 anos, para encabeçar a lista da AD para as eleições europeias.

"Não fomos buscar um membro do governo que despedimos lá atrás", atirou o líder do PSD numa alusão à ex-ministra do PS, Marta Temido, cabeça de lista dos socialistas que se demitiu do Executivo de António Costa após a morte de uma grávida.

Montenegro dirigiu-se também aos que "acham que é um problema a idade [de Sebastião Burgalho]". "Eu não acho que seja", sublinhou o primeiro-ministro. "A ser um problema é dos mais fáceis, é o tempo que o resolve", brincou.

Segundo Montenegro, a aposta no jovem cabeça-de-lista da AD é uma estratégia "direcionada" que também está a ser seguida no Governo. "Queremos que eles [jovens] acreditem em Portugal e construam connosco Portugal, mesmo que signifique representar Portugal ao mais alto nível europeu e o Sebastião Bugalho vai fazer isso connosco", reforçou.

"Vamos para a campanha fazer o que estamos a fazer no Governo", disse Montemnegro, adiantando estar "a gostar muito de governar e a gostar muito da reação de muita gente" ao Executivo. "A grande crítica que fazem ao novo primeiro-ministro e ao novo governo é que cumprimos o que prometemos", ironizou o líder do PSD.

A Aliança Democrática apresentou a lista dos candidatos ao Parlamento Europeu este domingo, na Curia.


Ver comentários
Saber mais eleições Governo Parlamento Luís Montenegro Partido Social Democrata Parlamento Europeu Aliança Democrática Sebastião Bugalho
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio