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Moedas afasta candidatura à liderança do PSD

Questionado sobre se apoiaria a candidatura de Luís Montenegro, o presidente da câmara de Lisboa não se quis comprometer.

Mário Cruz
20 de Março de 2022 às 10:15
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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afastou qualquer possibilidade de se candidatar à liderança do PSD por estar focado na capital, dizendo que o partido precisa de uma "nova maneira de fazer política".

"Para mim, a minha missão é Lisboa, é tentar fazer o melhor que posso pelos lisboetas, e depois logo verei a minha vida no futuro. Neste momento é essa a minha missão. Para mim é simples. Não há, aliás, nenhuma hesitação", afirmou Moedas, em entrevista ao Diário de Notícias publicada este domingo, 20 de março.

Questionado se poderá apoiar Luís Montenegro, o único nome praticamente certo na disputa da liderança do PSD, o antigo comissário europeu não se quis comprometer, para já.

"Essa não é uma pergunta para este momento. A minha missão é Lisboa e, portanto, nem estou a acompanhar tudo aquilo que se está a passar no partido. Gosto muito do meu partido e desejo-lhe o melhor [...]. Posso dizer do que Lisboa precisa neste momento. Sobre o PSD falarei no tempo certo. Acho que estamos a viver tempos difíceis na política e, obviamente, esses tempos difíceis exigem uma forma diferente de fazer política. Aquilo que acho que o PSD precisa é dessa nova maneira de fazer política, mais perto das pessoas, com conteúdo, com esperança no futuro", disse.

O autarca já tinha afirmado após as eleições legislativas de 30 de janeiro que a sua prioridade seria Lisboa, mas, nas últimas semanas, alguns dirigentes e antigos dirigentes do PSD voltaram a insistir no seu nome como o melhor para liderar o partido.

Questionado se seria incompatível acumular a liderança do PSD com a presidência da Câmara, Moedas considerou não se tratar de uma questão formal ou legal, mas pessoal.

"Para mim, neste momento é incompatível naquilo que é a minha visão de uma nova maneira de fazer política", afirmou, salientando que dirigir a capital é um trabalho "full-time a 100%" que não lhe deixa tempo para mais nada, nem para a família.

"Estou casado com a minha mulher e estamos ambos casados com Lisboa", ironiza.

Quanto às pressões para que se candidatasse à presidência do PSD, Moedas disse encará-las como "um elogio" ao seu trabalho político.

"Mas, exatamente porque sou uma pessoa de missões, a minha missão é Lisboa. Quando se tem uma missão, a pessoa tem de estar focada nela, e eu estou focado em Lisboa. Foi isso que combinei com os eleitores e não há nada que me faça mudar", assegurou.

O PSD vai escolher o seu próximo presidente em eleições diretas em 28 de maio (com eventual segunda volta em 04 de junho) e terá Congresso entre 01 e 03 de julho, no Coliseu do Porto.

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