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Merkel assume que resultado das eleições regionais "é um problema"

A chanceler alemã assumiu o fracasso da CDU face à direita populista nas eleições regionais deste domingo. Em dois dos três estados que foram a votos, a CDU perdeu o poder. "Um dia difícil" para o partido, resume Merkel.

1ª Angela Merkel
REUTERS
14 de Março de 2016 às 15:39
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A chanceler alemã Angela Merkel reconheceu esta segunda-feira, 14 de Março, que a crise dos refugiados penalizou o seu partido nas eleições regionais. Ainda assim, a governante pretende manter o rumo e prosseguir com a sua política de migração.

 

"Vou continuar a prosseguir o caminho que tenho feito ao longo dos últimos meses", anunciou a chanceler, em Berlim, após uma reunião entre os dirigentes da CDU. "Penso que essa postura é a correcta, e não acho que tenha sido posta em causa".

 

Este domingo, o partido de Merkel ficou na segunda posição em Bade-Württemberg (sudoeste), atrás dos Verdes (32%), um resultado inédito para a CDU. Na Renânia-Palatinado (oeste) também alcançou o segundo lugar, atrás dos sociais-democratas do SPD (37,5%). 

 

A perda de votos nesses estados representou, segundo a chefe do Governo alemão, "um dia difícil" para o seu partido.

 

Ainda que os eleitores tenham determinado que "não existe para já uma solução sustentável" para os refugiados, a chanceler garante estar "firmemente convencida" que será possível encontrar uma forma para reforçar as fronteiras externas da região e permitir o total restabelecimento do espaço Schengen.

 

Numa altura em que a líder do Executivo alemão procura alinhar-se com os parceiros da União Europeia antes da cimeira desta semana, enfrenta uma paisagem política cada vez mais fragmentada dentro de portas.

 

Nas eleições deste domingo, a CDU foi fustigada por um êxodo de eleitores para a Alternativa para a Alemanha (AfD), que protestou contra a política de portas abertas de Merkel e conquistou mais de 24% dos votos no estado da Saxónia-Anhalt (leste) e mais de 10% nos restantes dois.

 

"Não vejo o resultado das eleições como um problema existencial para a CDU, mas vejo-o como um problema", assumiu Merkel.

 

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