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Marques Mendes diz que Marcelo se distanciou do Governo

O conselheiro de Estado disse esta noite no comentário na SIC que nota um distanciamento "subtil" do Presidente em relação ao Governo em assuntos como Pedrógão e Tancos, mostrando que Marcelo não é o porta-voz do Executivo.

30 de Julho de 2017 às 21:05
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A entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa ao Diário de Notícias, publicada este domingo, é a primeira em que o Chefe de Estado se distancia do Governo. Quem o considera é Luís Marques Mendes. "É subtil mas é distanciamento," afirmou este domingo o comentador no seu habitual espaço de opinião no Jornal da Noite da SIC.

Desde logo em relação aos incêndios de Pedrógão Grande e ao furto de armamento dos paióis de Tancos, matérias nas quais o comentador diz que ficou patente que Marcelo e Costa têm visões diferentes. "É a primeira vez desde que entrou em funções." 


"Não se pode dizer que vai passar a ser adversário do Governo. Mas deixou de ser o que às vezes alguns apelidavam de ‘porta-voz do Governo’," referiu Marques Mendes.


O antigo presidente do PSD diz ainda que Marcelo esteve bem nas "últimas semanas loucas", o que lhe permitiu revelar-se "feliz, satisfeito e confiante" nesta entrevista, sendo dos poucos políticos com apreciação em alta por parte dos cidadãos. "Tem salvo a honra do convento," acrescentou.


Sinais que, segundo Marques Mendes, contradizem quem o considerava, enquanto candidato, que era uma "espécie de 'catavento', muda muito de opinião" (expressão usada na altura por Pedro Passos Coelho) ou que não tinha perfil para o cargo.

"Eu acho que ele podia não ter perfil para Presidente da República tradicional, mas mudou o perfil para o tornar diferente," afirmou ainda.

O conselheiro de Estado fala de uma "competição muito grande" e "absurda" entre sociais-democratas e centristas, não por ideias mas para ver quem é mais agressivo com o Governo.

Ao CDS – que também "se está a deixar envolver nesta escalada de agressividade", Marques Mendes atribui o "disparate" de uma ameaça de moção de censura também por causa de Pedrógão.

O comentador considerou ainda que a oposição não é vista como alternativa -, em particular o PSD, que lançou a "’tontaria’ de um ultimato ao Governo’, referindo-se às 24 horas dadas pelo líder parlamentar laranja para que o Governo divulgasse a lista de mortos de Pedrógão.

Enquanto as atenções no PSD estão concentradas na liderança – se será de Passos Coelho ou de Rui Rio, no próximo congresso – já no caso do CDS o que se evidencia são os resultados nas autárquicas, defendendo que Cristas terá de ter um resultado eleitoral nas autárquicas de Outubro melhor do que o que Portas teve em Lisboa.

(Notícia actualizada às 21:09 com mais informação)

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